
O Ceará voltou a fazer uma partida razoável. Diante de um adversário que claramente demonstrava fragilidade, a equipe alvinegra não teve competência e nem inteligência para sair de Bragança Paulista com a vitória por 1×0 e sofreu o empate nos acréscimos.
O castigo levado aos 57min do 2º tempo, passa por vários fatores e não é possível jogar a responsabilidade para a arbitragem, que marcou o pênalti infantil cometido por Messias. E eu explico mais abaixo
Antes, contudo, é bom ressaltar que Mendoza não vive um bom momento, saiu no intervalo sem conseguir fazer uma partida sequer razoável. E é bom lembrar que o colombiano é o artilheiro do time no Campeonato e um dos pontos de desequilíbrio, mas realmente não está bem e já faz alguns jogos.
E não vou nem comentar a atuação de Matheus Peixoto, que desde que foi contratado, mesmo o clube já sabendo da sua contusão, não encaixou ainda e vive uma situação pra lá de desconfortável, justamente porque era a esperança de enfim o clube ter encontrado o tão sonhado camisa 9.
O 1º tempo, contudo, ficou marcado muito mais pelo pênalti defendido por João Ricardo, que mais uma vez salvou o time do pior, do que necessariamente de uma partida sem brilho de ambas as equipes. Apesar do empenho dos jogadores, mas que dava pra perceber que faltava inspiração.
Na 2ª etapa, com Erick em campo no lugar de Mendoza, o Vovô até que teve uma melhora e foi recompensado com um pênalti infantil do volante Raul (aquele mesmo ex-Ceará) em cima de Zé Roberto. E agora explico que não dá para culpar a arbitragem. Erick perdeu 2 vezes a cobrança e mesmo assim o juizão Bruno Arleu mandou voltar. Depois, na 3ª chance, Zé Roberto fez o gol com categoria, deslocando o goleiro e tocando no meio da baliza.

O time paulista ficou atordoado e foi pra cima sem tática, descontrolado e apostando tudo na pressão, desordenado. Ou seja, bastava, um pouquinho de inteligência para o Ceará aproveitar, encaixar um contra-ataque e matar o jogo.
Mas a comissão técnica alvinegra entendeu que deveria tirar os atacantes Erick (que entrara no intervalo) e Jhon Vásquez para as entradas do volante Geovane e do zagueiro Gabriel Lacerda. Aí, foi tudo que o Bragantino quis. Acuou o Ceará e num pênalti infantil, empatou, dessa vez, sem chances para João Ricardo.
O empate tem um sabor amargo em muitos aspectos, o time está sem treinador há uma semana, não vence no Brasileirão há 5 rodadas, foi ultrapassado pelo rival Fortaleza na classificação, caiu para 15º lugar e está a apenas 3 pontos do Z4 (pode ficar 2, dependendo do jogo do Avaí nesta segunda-feira).
A situação é preocupante e é preciso tomar medidas duras para voltar a vencer e principalmente afastar qualquer possibilidade de rebaixamento.
