Opinião: Lucho González não inventou, escalou e armou o Ceará conforme havia dito e foi muito bem na estreia como treinador

O novo treinador do Ceará, Lucho González, estreou não apenas no comando do time alvinegro, mas também na carreira. E mesmo diante do poderoso Flamengo, no Maracanã, o argentino foi muito bem na estreia.

Lucho não quis inventar na escalação. Colocou o que tinha de melhor. Manteve Jô na frente, trocou Vásquez por Lima, deixou Vina à vontade do meio pro ataque e optou por Messias no lugar de Marcos Victor.

O treinador do Vovô havia dito na coletiva de apresentação, segunda-feira passada, que não iria inventar muito, até porque chegava com o campeonato em andamento, mas que precisava ajustar as linhas defensivas.

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E foi o setor defensivo que mais chamou a atenção de forma positiva. Principalmente, no 1º tempo, o Ceará não deu espaço para o Flamengo, que pouco produziu, e a ideia era encaixar um contra-ataque para buscar o gol. E deu certo justamente no finalzinho.

Claro que no 2º tempo, a pressão rubro-negra da arquibancadas e as alterações feitas por Dorival Júnior fariam o Ceará recuar mais ainda para se defender. O gol sofrido, contudo, acabou saindo em uma cobrança de escanteio, em um toque infeliz de Richard.

Mesmo assim, o Ceará teve seus méritos para saber se defender. Só que a expulsão de Jô atrapalhou tudo, mas até com 10 atletas em campo, o Vovô soube ter uma postura decente e até chegando ao ataque, claro, sem a mesma força, mas incomodou. Não foi apenas um mero espectador.

As mudanças no 2º tempo, quando percebeu Richardson já esgotado, para a entrada de Sobral e as saídas de Vina e Lima, para Zé Roberto e Vásquez, deram mais estatura ao time para evitar as bolas áreas e prender a bola o tempo que fosse.

Assim, com inteligência, catimba e com muita bravura de todos, Lucho teve uma ótima estreia e agora é se sair bem durante a semana com mais treinamentos para encarar o Santos, sábado que vem, no Castelão.