Nino Paraíba carrega bola durante jogo contra o Cuiabá. Foto: Ascom/Ceará SC

As revelações do Ministério Público de Goiás de que os atletas Nino Paraíba e Richard Coelho foram citados na Operação Penalidade Máxima, que investiga manipulações de resultados em jogos da Série A do Brasileiro de 2022, levaram o Ceará a acionar seu departamento jurídico.

O clube alvinegro divulgou no início da noite desta quinta-feira, 11, que “enviou pedido de habilitação ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) para que os advogados do Clube tenham acesso aos detalhes das investigações da Operação Penalidade Máxima, que investiga esquema de manipulação de resultados de jogos“.

De acordo com o MP/GO, Richard, quando atuava no Ceará, teria recebido um depósito de R$ 40 mil, conforme prints presentes no inquérito, para receber cartão amarelo no jogo que terminou 1×1 contra o Cuiabá, no Castelão. Em uma das mensagens reveladas, o volante afirma que fora assediado por outros 3 apostadores, mas deu pra trás.

“Não fecho com ngm (ninguém) a não ser você, sou papo reto bagulho não é brincadeira”, escreveu Richard, que já foi afastado pelo Cruzeiro, seu atual time.

Na mesma partida, as conversas reveladas mostram que Nino Paraíba foi sondado para saber se poderia ser punido. E nos prints mostra uma suposta resposta do atleta, que teria dito: “Qual foi a vez que eu fiz e não tomei?”, diz o lateral, que também já foi afastado pelo América/MG, seu atual clube.

Vale lembrar que na partida Ceará 1×1 Cuiabá, Richard e Nino Paraíba receberam cartão amarelo, num intervalo de 3 minutos. O duelo ficou marcado pelos protestos e invasão da torcida alvinegra no campo, que acabou encerrando a partida.

Além disso, o empate moralmente rebaixou o Ceará, que depois não conseguiu vencer mais até ser confirmada a queda à Série B do Brasileiro, na antepenúltima rodada no duelo contra o Avaí em que perdeu por 2×0.