
O Presidente do Ceará, João Paulo Silva, apresentou na tarde desta quarta-feira, 29, os novos integrantes do departamento de futebol. O diretor Haroldo Martins, o executivo Lucas Drubscky e o coordenador João Paulo Sanches.
Foram 2 horas de entrevista em que todos participaram e responderam as questões feitas por 15 profissionais credenciados para a apresentação e coletiva.
Pelo discurso, começa uma nova era no clube. Os erros (que não foram poucos) e o amadorismo (em escolhas de contratações e na forma de trabalhar sem critérios) ficaram no passado.
Aliás, as palavras proferidas pelos novo integrantes foram firmes, fortes e completamente distintas do que se ouvia no clube. Principalmente de Haroldo Martins, que foi o 1º a falar e explicou logo o motivo de ter saído brigado em 2016 com então presidente Robinson de Castro, quando foi diretor de futebol.
A famosa autonomia do departamento de futebol há 7 anos não existia, e por isso optou por sumir do clube, inclusive deixando de ser conselheiro. Mas agora, voltou por acreditar que terá, sim, voz e vez para gerenciar o setor com profissionais capacitados e uma nova metodologia de trabalho.
Haroldo, inclusive, se mostrou muito mais à vontade para falar, externar e levantar a bandeira de que o torcedor tem de estar insatisfeito, chateado e indignado com o que aconteceu em 2023.
O dirigente foi categórico e duro ao dizer que é inadmissível um clube com a maior folha salarial da Série B ficar no meio de tabela e não chegar nenhuma vez a brigar pelo G4 da competição.
Haroldo garantiu que o trabalho do departamento de futebol vai ser feito com profissionalismo e que todas as contratações e execuções serão feitas e baseadas no critério técnico. Os analistas de mercado e de desempenho do clube são o coração do setor e que em breve, todos serão apresentados e com a função de cada um. Além disso, garantiu que tudo será feito com transparência. Algo que até então não existia, pelo menos para nós da imprensa e nem para o torcedor.
Em meio a fala dos seus comandados, o presidente João Paulo precisou novamente reconhecer que errou no planejamento, na execução e na gestão neste ano e garantiu que vai deixar o futebol com os responsáveis.
Por outro lado, nenhum quis falar sobre quem chega, quem sai e nem quando chegam e nem quando saem os atletas do elenco. O argumento é de “estratégia do mercado”.
Como bem diz o filósofo, nunca um time ganhou apenas com palavras. No entanto, pelo que se viu e principalmente ouviu, já dá para perceber que o Ceará agora tem alguém com capacidade e coragem para bater na mesa e não permitir os absurdos cometidos neste ano (se ocorrerem de novo, ele vai sair e aí vamos saber).
Agora, se vai dar certo ou não, somente com resultados, gols e vitórias no campo. Fora das 4 linhas, enquanto a bola não rola, há uma esperança. E neste momento é o que o torcedor do Ceará precisa.
