Garotada batendo bola em uma areninha na cidade de Fortaleza. Foto: reprodução/facebook

Não é preciso ser profundo conhecedor de futebol e nem de economia para saber que revelar jogadores da base fomenta as finanças e agrega valor ao elenco profissional.

Só que há 2 aspectos que, muitas vezes, impedem a prosperidade na famigerada categorias de base: a captação e a paciência.

O futebol cearense não está distante dessa realidade, os exemplos são inúmeros de garotos, que surgiram como se fossem os maiores talentos da história, mas que acabaram se perdendo no meio da caminho.

E aqui ninguém quer elencar os motivos das frustrações, mas é preciso entender que a paciência e a captação estão ligadas diretamente à competência e à inteligência.

Não é possível que num Estado com mais de 150 municípios e que em cada um há 1 areninha, 1 quadra e 1 campo de futebol com garotos jogando bola e não consiga encontrar pelo menos 11 (1 pra cada posição) com qualidade para se tornar um atleta profissional.

Semana passada, Fortaleza e Ceará fizeram peneiras. O Floresta e o Ferroviário fazem mensalmente. Os frutos serão colhidos mais à frente. No entanto, até esse período concluir, há centenas de jovens hoje com capacidade esportiva espalhados por campos cearenses em busca de brilharem.

Falta investimento para captar, falta competência para filtrar, falta paciência para observar e falta inteligência para não deixar escapar essas joias.

Infelizmente, para quem não tem capacidade, é muito mais fácil comprar um software, acreditar em números fomentados por empresários, dirigentes e clubes forasteiros, em que muitas vezes o único interesse é vender, do que necessariamente ir a campo, olhar pessoalmente, conversar, sentir a realidade, o desejo e a vontade de uma garotada, que clama por uma simples oportunidade.

PS: esta coluna é publicada semanalmente às quartas-feiras