Presidente do Ceará, João Paulo Silva, em entrevista coletiva. Foto: Marcelo Vida/CSC

O Fluminense/PI vai acionar a Justiça para receber do Ceará 2 parcelas atrasadas de R$ 200 mil (cada) pela aquisição do zagueiro David Ricardo.

Em entrevista ao ge.com, o Presidente do clube piauiense, Rossini Neto, foi categórico ao afirmar sobre o débito alvinegro e sobre o próximo passo que irá dar.

“Eles não cumpriram o contrato. Infelizmente. A gente não queria fazer isso. Demos os prazos, mas não teve jeito. Ultrapassou os limites. Estamos fazendo tudo dentro da norma”, afirmou Rossini.

A exposição dessa dívida chega uma semana depois do Ceará ter sofrido o 2º Transferban da Fifa, pelo atraso no pagamento da 2ª parcela da aquisição do atacante Saulo Mineiro ao Yokohama, do Japão.

A pergunta que fica é o que está acontecendo com o Ceará? O que falta para os dirigentes alvinegros aparecerem, concederem uma entrevista e explicarem a realidade financeira do clube?

Vale lembrar que em 110 anos de existência, o Ceará nunca havia sofrido Transferban da Fifa, e as dívidas trabalhistas, que quase levaram o clube à falência em meados dos anos 2000, retornaram com protuberância nesta temporada.

O que impressiona é que a cada mês, aparece um infortúnio financeiro no Ceará e ninguém vem a público explicar como e o motivo de isso ter acontecido.

E sempre é bom lembrar que no final de maio, ou seja, há menos de 60 dias, o Ceará anunciou o maior patrocínio da história no valor de R$ 46 milhões e 2 semanas depois vendeu o zagueiro Jonathan por R$ 8,25 milhões.