Jogadores da Seleção à vista do Presidente Ednaldo Rodrigues. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Futebol ruim, comando da CBF sem discernimento, comissão técnica perdida e sem capacidade, além de jogadores sem identidade, sem ousadia e com qualidade questionável.

A Seleção Brasileira vive uma das suas piores crises desde, talvez, 1993, quando foi preciso Romário ser chamado para evitar o vexame de não participar de uma Copa do Mundo.

Mas naquele tempo, o formato das eliminatórias era bem diferente do atual, e temos de ser justos de que havia bem mais jogadores com identidade, ousadia e qualidade do que os de hoje

O entrave, agora, é que mesmo com 6 seleções podendo ir à Copa do Mundo de 2026 de forma direta e mais 1 através da repescagem, escancararam o quanto o Brasil está distante de sua força, técnica, talento e tradição.

Eu não consigo acreditar que haverá profundas mudanças na Seleção Brasileira, nem muito menos pequenas no comando da CBF, na comissão técnica de Dorival Júnior e nessa ruma de jogadores, que atuam bem apenas em seus respectivos clubes europeus.

O 7×1 para a Alemanha, numa semifinal de Copa do Mundo, em pleno Mineirão, onde os alemães tiveram dó de não fazerem mais gols, era para ter varrido qualquer resquício de quem esteve à frente, atrás ou no meio daqueles protagonistas que ficaram marcados como a maior humilhação da história sofrida pela Seleção e pelo futebol brasileiro.

Se nem aquele passeio causou indignação, não vai ser uma campanha ruim na Copa América e muito menos numa eliminatória, que provocará profundas mudanças.

Aliás, a Seleção está distante dos clubes nacionais, do futebol brasileiro e do seu próprio povo como nunca antes na história deste País.

É provável que seja necessário ficar fora da Copa do Mundo para provocar uma intensa, carregada e densa mudança no combalido futebol brasileiro, que padece sem perspectivas de melhoras.