Anunciado como novo treinador do Ceará em 27 de junho de 2024. Léo Condé completa 1 ano no comando alvinegro.

A chegada do técnico era quase que a última cartada da diretoria do Ceará para buscar o tão sonhado acesso que naquele momento estava bem difícil. Tanto que Vagner Mancini foi demitido pelos maus resultados, o Vovô estava em 11º lugar com apenas 16 pontos em 12 rodadas disputadas.

“A gente buscou um nome que tenha conhecimento da competição, porque a gente precisa de rápido conhecimento da competição, e que tivesse histórico vitorioso em acessos. Tem que conseguir se adaptar aos processos que o clube implantou, não pode chegar e mudar todos os processos do clube. O clube não vive em função do treinador, o treinador se adapta ao clube”, declarou à época o diretor de futebol do Ceará, Haroldo Martins.

Léo Condé, então, tinha um enorme desafio pela frente. Afinal, na temporada anterior, ele levou o desacreditado Vitória não apenas ao acesso, mas ao título da Série B. Só que o caminho do time cearense tinha inúmeros percalços, tribulações e um elenco que até tinha potencial, mas faltava mostrar isso em campo.

Assim, o comandante alvinegro conseguiu uma arrancada impressionante que levou o Ceará ao tão sonhado acesso. Foram 25 jogos com 14 vitórias, 3 empates e 8 derrotas.

“A equipe estava um pouco abaixo na tabela, mas conseguiu fazer uma campanha de recuperação. Os jogadores me aceitaram muito bem, a torcida abraçou o time e caminhamos juntos para esse momento tão especial”, declarou Condé.

Com o acesso conquistado, o treinador e a diretoria do Ceará precisavam acertar a renovação de contrato. E o desafio para 2025 era ainda maior, disputar a Série A do Brasileiro.

O problema é que o treinador precisou reformular todo o elenco ao perder seus principais jogadores: o melhor do grupo, Erick Pulga, seu companheiro também goleador Saulo Mineiro, além da dupla de zaga titular formada por David Ricardo e João Pedro,

Com isso, a diretoria alvinegra foi à compras e trouxe 13 atletas. Uma reformulação profunda com nomes poucos conhecidos, sem muita badalação, mas que aos poucos mostraram o acerto impressionante da diretoria e da comissão técnica.

Fabiano, Marllon, William Machado, Dieguinho, Fernando Sobral, Fernandinho, Pedro Raul e Pedro Henrique assumiram a titularidade e mostrou o tamanho da reformulação com apenas 3 remanescentes do ano passado: Bruno Ferreira, Matheus Bahia e Lucas Mugni.

E a reformulação deu resultado com a conquista do bicampeonato estadual de forma invicta com 2 vitórias e 1 empate em cima do maior rival Fortaleza e mais uma mostra da competência do técnico alvinegro.

Pra completar, vaga nas quartas de final da Copa do Nordeste, chegada até a 3ª Fase da Copa do Brasil, caindo apenas para o favorito Palmeiras, e a surpreendente campanha no Brasileirão, onde está em 12º colocado com 1 jogo a menos, mas que chegou a figurar entre os 5 melhores.

Léo Condé é bom lembrar que ano passado conseguiu recuperar jogadores, que vinham em baixa como Rafael Ramos, Richardson e Lucas Mugni, que viraram na reta final titulares absolutos na campanha do acesso.

Neste ano, foi a vez de ajudar Fernando Miguel, William Machado e Dieguinho, este que seria lateral-direito, mas se tornou o principal jogador meio-campo e um dos melhores do Brasileirão.

Léo Condé, no entanto, sabe que o trabalho continua e não foi à toa que o presidente João Paulo Silva revelou que se pudesse, ficaria com o treinador até o final do seu mandato em 2027.

Condé também sabe que tudo isso passa pelos resultados (positivos). Por isso, prefere manter os pés no chão, seguir trabalhando e acreditar que tudo possa ser repetido, muito trabalho, muita superação e conquistas.