
A 1ª Lição que a Copa do Mundo de Clubes da Fifa deixa para o futebol brasileiro é a de que os times nacionais saem fortalecidos e os europeus não são essa última Coca-Cola no deserto, não.
Claro que há uma elite em outro patamar que merece e justifica todo o conceito de futebol de alto nível (até porque pelo dinheiro que fatura é até obrigação). No entanto, há outro bloco de clubes, que está numa prateleira abaixo e que os brasileiros podem competir de igual para igual.
2ª Lição: os jogadores do futebol brasileiro têm espaço em qualquer time do mundo, basta terem oportunidades.
A balela de que o atleta do futebol brasileiro é indisciplinado taticamente e não se adequa ao “futebol moderno” não passa de um falácia para exaltar quem está na Europa. Ou você acha que John Arias, Arrascaeta, Estevão, Hércules, Richard Rios, Rossi, Fábio ou Léo Ortiz não jogariam por lá?
3ª Lição: por outro lado, a Copa do Mundo de Clubes também reforçou a ideia de que o talento individual precisa estar aliado a um bom planejamento físico e coletivo.
Por mais que a habilidade individual no futebol brasileiro seja o grande destaque, é necessário que o coletivo e o físico evolua. Não falo nem de esquema tático, formação em campo, mas de organização, conjunto dos atletas. E a parte física foi notória a diferença.
4ª Lição: Estrutura. E aqui eu falo de gramados em condições de se praticar futebol, arbitragem competente com critérios e um calendário justo para todos. A elite europeia se destaca (também), porque há padrão nesses 3 pontos de Estrutura para desenvolver o bom futebol.
5ª Lição: Intercâmbio. Nesta última, creio que é preciso um encontro maior entre clubes brasileiros e estrangeiros (fora do continente americano), seja em amistosos ou em torneios internacionais. A troca de conhecimentos com o teste ao vivo em campo torna um grande aprendizado para o crescimento e evolução.
