É constrangedor ver em todas as partidas do futebol brasileiro, da Série A até a 3ª divisão estadual, o goleiro pedir atendimento médico sem precisar. Apenas com o intuito de ganhar tempo, a tal “cera”.

Aliás, nem sei se o sentimento é de constrangimento, pois passa a ser um delito de um atleta profissional em querer ludibriar a autoridade em campo ao criar uma situação em que usa da má fé, inclusive sobre o próprio estado de saúde.

Só que nesse domingo, o goleiro do Vasco, Léo Jardim, não contava com a intolerância do árbitro Flávio Rodrigues de Souza, que não aceitou o argumento do camisa 1 cruzmaltino ao não querer bater o tiro de meta, sentar no chão para dizer que estava com dor nas costelas e precisava passar um spray.

O vermelho foi necessário e justo. Acho que isso é indiscutível em qualquer roda de debate sobre o tema.

O problema, contudo, é criar uma polêmica sobre cartão aplicado, por não haver um critério da arbitragem.

Infelizmente para os vascaínos, realmente, até então, não havia critério. Quis o “destino” que o goleiro Léo Jardim fosse o escolhido, ou melhor o “sacrificado” para receber o cartão vermelho.

A partir de agora, a CBF, que divulgou nota afirmando que o árbitro acertou na decisão, vai orientar os árbitros a aplicarem o mesmo critério para qualquer outro goleiro, que criar tal simulação ou situação.

Qualquer pessoa que entende de futebol, sabe que os goleiros sofrem lesões ou contusões, sejam em choque com adversários ou companheiros de time, ou quando precisam fazer uma defesa mais arrojada ou até mesmo em um chute desproporcional na bola.

Mas exclusivamente no caso do Léo Jardim não aconteceu nada parecido, pelo contrário, o goleiro do Vasco simulou uma dor que não havia histórico para isso.

Flávio Rodrigues de Sousa acertou e quem sabe assim o futebol brasileiro possa, enfim, acabar com esse mal que mancha nosso esporte com atletas, que deviam ser exemplo para o bem e não para praticarem delitos.