O vestiário do Ceará fica à esquerda (do setor de imprensa) na Arena Castelão, enquanto o do Fortaleza fica à direita. No entanto, quando o mando de campo é do time alvinegro, o clube escolhe ficar com o banco de reservas à direita. Assim, a equipe tricolor fica no outro. Com isso, ao entrarem em campo, há um entrelaçado entre jogadores e comissão técnica, que saem do túnel e vão se posicionar em locais opostos.

O técnico Guto Ferreira ao entrar para o campo foi direto ao banco de reservas falar e cumprimentar o treinador do Fortaleza, Juan Pablo Vojvoda.

Oliveira, Marlon e Gabriel Dias também fizeram questão de ir até o banco do Fortaleza para falar com os atletas.

No minuto de silêncio, antes de a bola rolar, o volante Fernando Sobral foi o único a se ajoelhar em respeito às vítimas homenageadas.

O volante Éderson foi o primeiro jogador a ir ao banco beber água. O cronometro da partida marcava 20 minutos.

O treinador do Fortaleza por várias e várias vezes saiu da área técnica. Em um lance na lateral, ele foi até a linha central do campo, mas depois voltava sem precisar que a arbitragem o mandasse.

A arbitragem é um capítulo a parte no Clássico-Rei. Mas neste sábado, Léo Simão foi pressionado por todos os lados. Não enxerguei um atleta, até os goleiros Richard e Felipe Alves, que não tenham reclamado das marcações. Com 22 minutos de jogo, o técnico Guto Ferreira já havia gritado: “Marcou falta nisso? Ele nem encostou!”, disse o comandante alvinegro em uma marcação de falta do atacante Cléber. Porém, nada se compara a turma que fica no Setor Premium. É uma gritaria que ecoa pelo Estádio vazio e chega a impressionar. Até em marcação de lateral os gritos não cessavam.

Quando acabou o tempo da parada técnica, o auxiliar técnico do Ceará, Alexandre Faganello, ainda ficou conversando com Mendoza, Fernando Sobral e Marlon. Enquanto Juan Pablo Vojvoda ficou falando com o Éderson.

Momentos antes do fim do 1º tempo, o zagueiro Messias e o atacante David se estranharam e por pouco não brigaram pra valer. A turma do “deixa disso” impediu. Só que ao sair para os vestiários, ao término da etapa inicial, o defensor alvinegro fez questão de ir lá no meio dos tricolores e falar com o atacante leonino. O abraçou e explicou o motivo da discórdia. Ambos fizeram as pazes.

Na volta do intervalo, o time do Ceará voltou muito antes do que equipe do Fortaleza. Enquanto esperava o adversário, o volante Oliveira, que estava como reserva, ficou conversando um bom tempo com o Marlon. Só quando os jogadores adversários entraram, foi que os dois encerraram a conversa.

No segundo tempo, Guto Ferreira seguiu reclamando da arbitragem, alguém do banco de reservas do Fortaleza reclamou com o treinador alvinegro. Aí, Guto não aguentou: “Vai tomar no cu, rapaz! Cuida do teu time que eu cuido do meu!”.

Com o mando de campo do Ceará, a torcida alvinegra personalizou a Arena Castelão em praticamente todos os setores, inclusive no local destinado aos torcedores do Fortaleza. Dessa forma, os mascotes Juba e Stella ficaram no setor Premium acompanhando a partida.

Por várias vezes, Vojvoda se virou para ouvir orientações de seu estafe, que estava no setor Premium. No segundo tempo, o auxiliar Léo Porto teve de ir até a grade de acesso às arquibancadas, conversou com os dois membros da comissão técnica e recebeu um papel, que levou até o treinador tricolor.

Já em campo, o volante Oliveira era outro que estava irritado com o árbitro Léo Simão. Em uma falta marcada, o atleta alvinegro olhou para á arbitra reserva e gritou: “Você viu que não foi falta. Ajuda ele!”.

Até o fechamento desta coluna, a súmula e o borderô da partida não haviam sido publicados no site da FCF.

📸 João Moura/Arena Castelão News

📸 Mário Kempes

🎥 Mário Kempes