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2º Dia em Doha e os 2 primeiros jogos no Estádio acompanhando: Argentina 1×2 Arábia Saudita e França 4×1 Austrália. Dessa vez, não encontrei torcedores animados no metrô como foi no Dia 01, mas a animação dos sauditas foi arrebatadora.

Ao sair do hotel, peguei o metrô e fui direto para o Centro de Mídia. Lá, fiz meu café da manhã e esperei um pouco para ir no ônibus (shutler) com os jornalistas ao Estádio Lusail (onde a Seleção Brasileira vai estrear na quinta-feira, 24, diante da Sérvia).

Trajeto tranquilo, nada de trânsito carregado. O legal é que dentro do ônibus é uma “Torre de Babel”, são jornalistas de vários países, então, dá para ouvir gente conversando em alemão, espanhol, japonês, italiano, inglês…

Ao chegar ao Lusail, um mar de gente e aquela festa. Os argentinos e os sauditas tudo numa boa, se confraternizando. Mas claro que na hora de entrar no estádio, havia muita gente perdida, sem saber por onde ir. Havia um voluntário da Fifa em cima de mureta, com um megafone, orientando os desavisados, que insistiam em ir para o lado errado.

Para entrar no Estádio, os jornalistas passam por um local onde tem raio x. Os funcionários checam a credencial com um aparelho, que lê o QR code e aparece o nome e a foto da pessoa credenciada.

No centro de mídia do Estádio, dezenas e dezenas de jornalistas e fotógrafos à frente de inúmeras bancadas sentados com notebooks trabalhando. Todos preparando para ir ao campo.

Antes de chegar à tribuna de imprensa, outra triagem, dessa vez, somente pra conferir a credencial. Elevador lotado, depois, nova triagem para saber se o ingresso para o local determinado está correto. Tudo certo. Fui para o meu canto.

Ao ver o gramado, a sensação é de arrepiar. A atmosfera de um estádio de futebol é incrível, mas numa Copa do Mundo parece que tudo ganha uma dimensão maior. A torcida saudita ficou do lado da tribuna de imprensa. Aliás, os árabes eram a esmagadora maioria e a animação deles era impressionante.

Quando Messi apareceu no telão, ainda no túnel antes do aquecimento da Argentina, não havia nacionalidade para vibrar e os argentinos foram ajudados por praticamente todo o estádio. Uma euforia enorme. Mas durou muito pouco, logo depois, os árabes já estavam até vaiando os hermanos.

O hino nacional é algo que arrepia e emociona. E não foi diferente para as os torcedores das 2 seleções. É sempre lindo de se acompanhar in loco e ver a emoção estampada nas pessoas ao cantar o hino do seu país.

Com a bola rolando, tudo era motivo para gritar, seja uma falta não marcada, sejam os gols da partida. Os sauditas estavam eufóricos e o som mudou ao ver Messi pegar na bola, as vaias ecoavam pelo Lusail. Durante toda a partida fiquei ao lado dos queridos jornalistas. Victor Pereira, de Recife que está trabalhando para alguns veículos, inclusive o O Povo, e Joge Rodrigues, assessor da Conmebol.

Aliás, infelizmente, o Victor acabou sofrendo um ataque injustificável ao exibir a bandeira de Pernambuco fora do Estádio. Alguns árabes acreditavam ser um arco-íris no desenho e foram pra cima do jornalista. Um absurdo indescritível e perigoso, que mostra o quanto devemos abominar essa discriminação contra quem for.

Voltando para o jogo, a vitória saudita foi histórica e tão maravilhoso como ver a história acontecendo é ver a felicidade incontrolável dos torcedores. Eu ainda não tinha visto in loco uma partida do Messi, então, foi algo que extrapolou as expectativas em tudo.

Na saída, não tive problemas, tudo correu na mais completa tranquilidade e claro a festa enorme dos sauditas. Ônibus de volta, não mais que 40min, sem engarrafamento. Retorno ao Centro de Mídia para fazer vídeos e escrever a matéria sobre o Richarlison. Participo do Trem Bala, na TVC, em seguida fui jantar.

Buffet completo (incluindo bebida, refri e água, sobremesas) valor 53 cataria (algo em torno de R$ 70 reais). Deu para forrar bem a barriga para ir de boa ao 2º jogo do dia. Dessa vez, o ônibus pegou engarrafamento, mas em compensação paramos em frente a triagem de entrada para a mídia.

Fila grade, pois só havia 2 aparelhos de raio x funcionando. Lá dentro, nova triagem e assim como no Lusail (onde cabem 88 mil pessoas), que é lindo, o Al Janoub também causa grande impacto e pode receber até 44 mil torcedores. A emoção aflora.

Fiquei lá em cima, na penúltima fileira da tribuna de imprensa com outros vários jornalista brasileiros da Folha de S. Paulo, Estadão, Uol, Metropoles, Ge.com e R7.com.

A vitória de virada da França por 4×1 foi marcante pelos 2 gols do atacante Giroud, que não havia feito nenhum em 2018. Mas também pelo silêncio que se fazia no estádio. Sem torcida organizada, em determinados momentos ninguém falava ou vibrava e dava para ouvir até os gritos dos jogadores. Algo muito fora do padrão para nós brasileiros. Eu achei muito esquisito. E olhe que havia 41 mil pessoas presentes.

Outro ponto que me chamou atenção demais foram os shows de iluminação na abertura, intervalo e depois da partida. De arrepiar. Espetacular. Após a partida, encontrei dois gigantes do jornalismo: o repórter Marcelo Bechler, correspondente da TNT em Barcelona, e o Luís Roberto, narrador da TV Globo.

Logo em seguida, participação na Rádio 98 FM de Belo Horizonte com o Thiago Vieira. Aí, depois, já passando da 0h30 desta quarta-feira, 23, peguei o ônibus de volta e o engarrafamento estava enorme para voltar ao Centro de Mídia, foi mais de 1h de trajeto. Deu tempo até fazer as postagens nas redes sociais sobre a contratação do novo técnico do Ceará, Gustavo Morínigo.

Já o metrô, tranquilo até demais, já eram quase 2h da manhã, né? Enfim, cheguei ao hotel, o mini mercadinho que tem aqui no hotel ainda estava aberto deu para comprar 2 bananas e 1 iogurte. Consegui ainda ter forças para fazer uma live no Instagram, aí depois, sim, dormir.

Nesta quarta-feira, 24, tem mais: coletiva do Tive e do Thiago Silva, treino da Seleção Brasileira e jogo da Bélgica contra o Canadá. Acompanhe tudo por aqui e nas redes sociais do Blog.