Foto: Felipe Santos/Ceará SC

O clichê é repetitivo e necessário. Ainda é inicio de temporada, mas também não quer dizer que não é possível analisar a formação do time, o estilo e a técnica dos atletas. E depois de 4 partidas do Ceará neste ano dá pra dizer que Jean Carlos não pode ser reserva.

O meia alvinegro, lá no 1º jogo do ano na goleada diante do Guarani, em Juazeiro, já dava sinais de que não chegaria ao elenco apenas para somar, mas, sim, para ser protagonista.

Claro, que diante de um adversário frágil as análises podem exceder, mas não deixam de ser verdadeiras. E no último jogo, diante do Maracanã, quando o Ceará padecia em campo e perdia por 1×0, foi somente depois da entrada de Jean Carlos, que o Vovô saiu do sufoco, virou e ganhou.

O camisa 10 assume o papel que Vina teve em 2020, quando brilhou no time campeão da Copa do Nordeste e foi eleito para a seleção do Brasileirão como um dos craques do campeonato.

Jean Carlos joga para o time, dá assistência, tem velocidade, muita disposição e ainda faz gol. Mostra um diferencial, que, nos outros jogos e enquanto esteve fora de campo, nenhum outro exibiu ou agradou à comissão técnica.

Guilherme Castilho foi o que mais se aproximou, mas há um mistério com relação a este rapaz que até hoje não descobri. Não sei se é problema físico ou se não responde ao que à comissão técnica pede. Ano passado nunca entendi o motivo de  não ser titular e de nem se quer entrar durante os jogo.  

Neste ano, já marcou um golaço e foi o destaque diante do Pacajus. Também tinha ido bem contra o Guarani, mas no último sábado foi até substituído no intervalo.

Vejo que Castilho poderia atuar como 2º volante e Arthur Rezende como o 1º, com Jean Carlos fechando o trio. Claro, que se a ideia de Morínigo for um 4/3/3 clássico: com Luvannor, Janderson e Vitor Gabriel no ataque. Mas pode ser até num 4/4/2. Atuando como segundo meia pela esquerda (Jean pela direita). Colocando mais um volante (Richardson) e tirando um atacante.

Enquanto Vina, que nunca escondeu o fato de querer jogar como meia, já atuou de 4º homem de meio-campo, de falso 9, e também, claro, na função em que gosta, mas não rendeu como Jean e Castilho neste início de temporada.

Por isso, creio que o camisa 29 e ídolo alvinegro vai precisar mostrar muito mais que desejo de permanecer no Ceará, vai ter de jogar e fazer gol não apenas para convencer o torcedor do seu potencial (que todos conhecem), mas a própria comissão técnica.