Foto: Felipe Santos/Ceará SC

O Clássico-Rei não valia título, mas para o Ceará havia algo tão importante quanto ser campeão. Elenco e jogadores precisavam provar em campo que o time era capaz de dar a volta por cima.

Depois do rebaixamento à Série B ano passado e da derrota por 3×0 para o Ferroviário nesta temporada, o ambiente era de enorme desconfiança ao técnico Gustavo Morínigo e aos atletas.

No entanto, o grupo entendeu o que significa um Clássico-Rei. Somente uma atuação com dedicação extrema e um resultado positivo poderiam apagar a impressão anterior. Como diz o jargão: Clássico não se joga, se ganha.

Foram necessários, então, 10min e 2 gols para o time alvinegro impressionar a todos que viram a partida no Estádio Presidente Vargas. Frenético, avassalador e eficiente, o Ceará venceu o 1º Clássico-Rei do jeito que o torcedor gosta: com muita raça.

Claro que mesmo faltando ainda 80min (mais os acréscimos) muita coisa poderia acontecer. Porém, os jogadores e o técnico Gustavo Morínigo buscaram formas de impedir uma reação tricolor.

A estrategia (inteligente) de sair à frente, como o ABC fez com o rival, no sábado passado, e depois montar um forte sistema defensivo para explorar os contra-ataques assegurou o resultado positivo.

Óbvio que aindas ão necessarias correções, ajustes e reforços, mas é bom lembrar que o Ceará atuou sem sua zaga titular (Tiago Pagnussat e Luiz Otávio estão machucados) e com apenas 1 jogador titular do ano passado (Richardson) e outros 4 remanecescentes do elenco (Lacerda, David Ricardo, Guilherme Castilho e Erick).

Para quem viu o Ceará padecer diante do Ferroviário e acompanhou esse  Clássico-Rei deu pra perceber a diferença de postura e a evolução do grupo. É só o início, mas dá para acreditar que é possível ver uma luz no meio do túnel.