
Foi um jogo bem agitado, com o Estádio Presidente Vargas recebendo um bom público (pouco mais de 13 mil torcedores, mas não sei onde caberiam mais 6 mil) e um adversário robusto e concorrente não apenas pelo título na Copa do Nordeste, mas também no acesso à Série A do Brasileiro.
O Ceará, é verdade, não fez uma grande partida. Mas assim como vem mostrando nos últimos jogos, como foi diante do maior rival, mostrou dedicação e empenho, que suplantaram a qualidade técnica, além de uma eficiência que os rivais não apresentaram.
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Ganhar do Sport por 3×2, do Fortaleza por 2×1 e do Sampaio por 2×0 não pode ser considerado coincidência nem muito menos acidente de percurso. Pelo contrário, são estratégias estabelecidas pela comissão técnica que estão mostrando resultado.
No jogo dessa terça-feira, diante dos pernambucanos, o Ceará apresentou defeitos, principalmente no setor defensivo. Faltou mais consistência do meio também, Guilherme Castilho não foi bem. Por outro lado, Janderson e Erick, na frente, voltaram a fazer ótima partida.
O golaço de Formiga e o gol de David Ricardo, talvez, também sejam a prova de que é um grupo que não está satisfeito, que quer fazer gol e jogar pra frente. Claro que nem sempre a teoria estará junta na prática, mas é bom perceber que a defesa também quer aparecer na frente.
Só que o 3×1 acabou trazendo uma falsa impressão de que tudo estava bem e ainda depois da imprudência expulsão do atacante Vitor Gabriel, o jogo mudou ainda mais de postura e levou o Ceará a praticamente só se defender e esperar o fim da partida.
Em um elenco e comissão técnica que estão se conhecendo, buscando uma base e procurando se entrosar, as vitórias aliadas a uma dedicação extrema do grupo só fazerem o torcedor alvinegro acreditarem, que é possível acreditar que 2023 será bem diferente da temporada passada.