Mais de 20 mil torcedores foram à Arena Castelão. Foto: Felipe Santos/CSC

Durante o jogo Ceará 1×0 Vila Nova, parte da torcida alvinegra gritou ofensas homofóbicas à torcida rival do Fortaleza, que é aliada da equipe goiana. Os telões e os alto-falantes da Arena Castelão soltaram avisos informando ao público que as atitudes são proibidas e que isso poderia causar prejuízos ao clube alvinegro.

No entanto, os torcedores vaiaram, ignoraram os avisos e continuaram gritando e cantando.

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O árbitro do jogo, Wagner do Nascimento Magalhães, (Fifa/RJ) não fez nenhuma citação aos cânticos homofóbicos na súmula da partida, que foi realizada na noite dessa quarta-feira, na Arena Castelão, pela 18ª Rodada da Série B.

No entanto, o juiz relatou no documento oficial do jogo que, após o final da partida, uma garrafa com liquido foi arremessada em direção à equipe de arbitragem.

Após o término da partida foi arremessada uma garrafa plástica de 510ml com liquido, de onde se encontrada a torcida do Ceará SC (próximo ao túnel), em direção à equipe de arbitragem, quando a mesma estava saindo do campo de jogo e se dirigindo ao túnel de acesso ao vestiário“.

Ou seja, o Ceará deve ser denunciado ao STJD e irá novamente a julgamento para se defender desse tipo de infração, que pode render multa e até perda de mando de campo.

Na entrevista coletiva pós jogo, o técnico Guto Ferreira foi questionado sobre as ofensas da torcida. O treinador foi bastante sincero, disse que isso não pode mais acontecer e lembrou que os torcedores do Ceará são capacitados e inteligentes e não precisam diminuir ninguém para mostrarem que são grandes.

Sobre os cânticos homofóbicos, é bom lembrar que recentemente, o Corinthians foi punido pelo STJD com 1 jogo de portões fechados por causa de gritos homofóbicos de sua torcida no clássico contra o São Paulo, pelo Brasileirão, no mês de maio. Os dirigentes corintianos recorreram, mas o Pleno do tribunal ratificou a condenação e o clube vai cumprir a partida de portão fechado contra o Vasco, dia 30 de julho.