
Antes de a bola rolar, dois jogadores do Fortaleza, o meia Lucas Crispim e o atacante Robson, fizeram questão de ir até a área técnica do banco de reservas do CSA para falar com o treinador Mozart. Ambos deram um forte abraço.
No lado alagoano, o meia-atacante Silvinho foi até o banco de reservas leonino, cumprimentou e recebeu um abraço do atacante Osvaldo e do meia Lucas Crispim.
O auxiliar Luís Fernando Flores, que ficou no lugar do treinador do Fortaleza, Enderson Moreira, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, só chegou para o campo depois que todos já estavam no gramado e nos respectivos bancos de reservas. Aliás, só para constar o primeiro a entrar em campo foi o lateral Bruno Melo.
Por sinal, Luís Fernando ficou o primeiro tempo todo de mascara. Às vezes usava corretamente, na maioria das vezes ficava no queixo, em outros momentos tirou e socava o ar com ela na mão, após alguma jogada errada do Fortaleza. Na segunda etapa, voltou sem a máscara.
Com menos de 10 minutos do 1º tempo, o outro auxiliar-técnico tricolor, Léo Porto, já estava ao lado de Luís Fernando conversando sobre o posicionamento do time.

Enquanto isso, lá dos camarotes, o técnico Enderson Moreira acompanhava a partida, de máscara, ao lado de um integrante da comissão técnica.

Sentado nas cadeiras, ao lado do banco de reservas do Fortaleza, ficaram: Ronald, Felipe, Isaque e Gustavo Blanco.
Um momento bem inusitado foi durante a espera pela decisão do VAR sobre o gol do Fortaleza. Os dirigentes e funcionários tricolores, que estavam no setor Premium, viram pelo celular, que David não estava impedido. E começaram a gritar que foi gol. Os jogadores do banco de reservas, então, se levantaram para comemorar, mas tiveram de esperar um pouco mais até a confirmação do árbitro. Depois, a celebração foi imensa.
Em um lance de falta para o CSA, o meia Pikachu ficou na barreira, mas acabou se adiantando muito. Os jogadores do time alagoano reclamaram, e o árbitro gritou: “Ei… Ei… Ei, 22! Volta! Volta!”
Aliás, algo muito comum durante as partidas é o árbitro ficar gritando para os jogadores: “na bola, só na bola, na bola!”
Com 25 minutos, o auxiliar Léo Porto chegou para Luís Fernando fez um gesto com a mão e conversou algo. Em seguida, ambos gritaram para o atacante Róbson trocar de posição com David. Róbson, então, gritou para o companheiro: “David… David… David. Vem para o meio. Vem!”.
No momento em que o VAR foi verificar o impedimento do CSA para confirmar um possível pênalti, três jogadores do Fortaleza foram até o banco beber água e conversar com Luís Fernando: Bruno Melo, Éderson e Róbson.
Na hora da parada técnica, o goleiro Marcelo Boeck foi o único do banco a ir falar com os jogadores. Ele puxou o volante Matheus Jussa para conversar algo. Já o goleiro Felipe Alves reuniu os jogadores da defesa para orientar sobre o posicionamento no setor e como o CSA estava atacando.
O Toten com álcool que fica ao lado do banco de reservas do CSA apresentou defeito. Um dos gandulas socorreu um dos integrantes da comissão técnica do time alagoano levando o liquido para ele lavar as mãos.
Mais uma vez, a reclamação em cima da arbitragem é um dos fatores que mais chama atenção nessas partidas sem público. Incrível como a cada marcação existe uma reclamação por qualquer um dos times. Seja um lateral ou um tiro de meta. Na etapa complementar, o árbitro Leandro Marinho cansou e gritou: “Delegado! Delegado! Quem gritar novamente você pega o nome para eu anotar na súmula. Tá certo? Quem gritar e atrapalhar você pega o nome!”.
No momento da marcação do pênalti marcado para o CSA, que originou o gol do time alagoano, o atacante do Fortaleza, Wellington Paulista, se levantou do banco e começou a reclamar muito. Minutos depois, o arbitro foi até o jogador e deu cartão amarelo. O curioso é que o Bruno Melo tentou conversar com o juiz, mas ele retrucou: “sai daqui. Vai pra lá. Vai pra lá”.
Após, o fim do primeiro tempo, só dois jogadores foram conversar com árbitro: o zagueiro do Fortaleza, Marcelo Benevenuto, e o atacante do CSA, Dellatorre. Em seguida, saíram tranquilamente para os vestiários.
Aliás, no intervalo, os jogadores reservas das duas equipes não foram para os vestiários e ficaram no campo brincando de roda de bobo. Passado uns 10 minutos, o lateral Tinga e o atacante Wellington Paulista foram chamados. Ambos acabaram entrando no reinício da partida.
Dois jogadores do CSA, Norberto e Gabriel, ao voltarem dos vestiários, fizeram questão de cumprimentar o atacante Wellington Paulista, que estava na borda do campo esperando para entrar.
Com cinco minutos, os jogadores reservas dos dois times foram para o aquecimento atrás das placas de publicidade, próximo à bandeirinha de escanteio, obviamente, em lados opostos.
O lateral-direito Tinga é um daqueles jogadores que incentiva, grita e também vibra muito. No primeiro tempo, ainda no banco de reservas, era o único a se levantar a cada ataque do Fortaleza, parecia um torcedor de arquibancada. Na etapa final, logo no começo, ao conseguir proteger a bola e ganhar o lateral, ele gritou alto: “aqui, não, porra! Aqui não!”.
Numa falta em que os jogadores do CSA insistiam em não bater para reclamar do assistente, que não marcou uma mão na bola do volante Éderson, o árbitro gritou: “vamos jogar, CSA! Vamos jogar! Vamos jogar. Bate essa falta!”
Na celebração do segundo gol do Fortaleza, Tinga se ajoelhou sozinho, levantou os braços e depois vibrou muito. Enquanto o volante Matheus Jussa foi até o banco beber água e receber orientação de Luís Fernando. O primeiro jogador reserva a pular a placa de publicidade para celebrar o gol do lateral Bruno Melo foi justamente o lateral-esquerdo Carlinhos, que até então era o titular da posição.
No momento das substituições no time do CSA, Luís Fernando tirava um papel do bolso, olhava e depois guardava. Em seguida, o auxiliar Léo Porto surgia com um papel e falava algo ao treinador interino leonino.
Por volta dos 35 minutos do 2º tempo, o árbitro não deu um escanteio claro para o time do CSA. Foi o estopim para uma gritaria sem tamanho de todos que estavam no banco. Levantaram-se e reclamaram muito. Mozart foi até o quarto árbitro e reclamou incisivamente. O juiz paraibano depois foi até o banco e conversou com o treinador do time alagoano, mas não deu nenhum cartão.
Na reta final da partida, o integrante da comissão técnica, que estava ao lado de Enderson Moreira, nos camarotes, estava falando ao celular. No mesmo instante, o auxiliar Léo Porto guardava um aparelho celular no bolso, chegava para Luís Fernando e conversava algo.
Depois das cinco substituições no Fortaleza, todos os reservas voltaram para o banco. Menos, Carlinhos, Boeck e Lucas Crispim

No finalzinho, Enderson Moreira começou a gritar bastante: “vamos… vamos”. Ele, algumas vezes, saiu dos camarotes e depois voltou. Com o fim da partida, o treinador tricolor, enfim, tirou a máscara e deu para ver um semblante de alívio e um sorriso no rosto.
Os dois telões da Arena Castelão voltaram a funcionar.


O Fortaleza teve um prejuízo financeiro na partida de R$ 15.124,00
📸 Leonardo Moreira/FortalezaEC
📸 Mário Kempes