
Depois de os times entrarem em campo, o zagueiro Messias e o volante Marthã, ambos do Ceará, foram até o outro lado para cumprimentar e dar um abraço no lateral Sávio, do Sampaio Corrêa.
Já o atacante Felipe Vizeu saiu lá lado do Ceará para saudar todos os jogadores do Sampaio, que estavam no banco. Deu um abraço no atacante Joanderson e em seguida, o lateral Sávio deixou o campo para também abraçar o camisa 11 do Vovô.
Essa vai pra turma que gosta de tática. A cada 15 minutos ou menos, os atacantes Lima, que começou pela direita, e Steven Mendonza, pela esquerda, trocavam de lado. Isso aconteceu aos 15 e 30 minutos do 1º e aos 13 e 25 minutos do 2º tempo.
No momento do 1º escanteio a favor do Ceará, os atacantes do Sampaio, Pimentinha e Dudu, se posicionaram na linha lateral no centro do gramado. Com isso, a marcação do time alvinegro teve de mudar. E Vina, que foi fazer a cobrança do esquinado, demorou para bater, porque os companheiros não estavam sabendo como se posicionar, em um possível contra-ataque do time maranhense.
Logo após a marcação de um impedimento do atacante Steven Mendonza, os jogadores do Ceará reclamaram do assistente. Uns dois minutos depois, ao passar perto do banco de reservas, o assistente conversou com o técnico Guto Ferreira explicando o motivo da marcação.
Somente com 25 minutos de bola rolando foi que apareceu um jogador do Ceará, o volante Pedro Naressi, para ir até o banco de reservas pegar um copinho de água e claro receber orientação do técnico Guto Ferreira.
O goleiro João Ricardo saiu do banco e foi ficar ao lado do auxiliar-técnico Alexandre Faganello, que estava sentado em uma cadeira. O camisa 1 do Vovô conversou demoradamente e pelos gestos com as mãos o debate foi sobre o posicionamento do time alvinegro.
Os refletores foram ligados pouco antes do fim do primeiro tempo. Em outras partidas, as luzes são ligadas somente na etapa complementar.
O meia Vina é um capítulo a parte e falo dele lá no final. No primeiro tempo, ele lamentou bastante um lance em que o Lima não passou a bola dentro da grande área adversária. Em outro momento, ainda na etapa inicial, após haver um espaço vazio para a troca de bola do Sampaio, gritou bem alto com Pedro Naressi: “fala, fala, fala pra marcar, porra!”.
O técnico Guto Ferreira não aprovou a atuação do time na primeira etapa. No finalzinho, se virou para o banco, baixou e balançou a cabeça negativamente, depois chutou um copinho de água vazio. Aliás, o treinador alvinegro foi o primeiro a deixar o campo com o fim do 1º tempo. Ao sair gritou e fez um movimento com os braços sobre um lance em cima do atacante Clebão, em que os jogadores reclamaram de pênalti: “foi braço, foi empurrão, foi pênalti”.
A cada falta que o Ceará tentou bater rápido, um jogador do Sampaio tentava impedir a cobrança. Ou segurava a bola ou ficava próximo para não ser cobrada. O curioso é que alguns atletas como o volante Ferreira e o zagueiro Godoi gritavam: “fica na bola, porra. Em cima! Não deixa bater! Em cima!”
Aliás, na saída do intervalo, o goleiro João Ricardo foi até o meia Lima ainda no campo de jogo e saíram conversando até o túnel. A mesma situação aconteceu com o zagueiro Klauss, que entrou para falar com o atacante Clebão. O defensor fez alguns movimentos de posicionamentos e de como o centroavante deveria ter agido.
No intervalo, os jogadores do Ceará, com exceção do atacante Felipe Vizeu, ficaram no campo na tradicional brincadeira de roda de bobo. Já os jogadores do Sampaio foram todos para os vestiários.
Assim como no jogo diante do Salgueiro, quando também não gostou da primeira etapa, o técnico Guto Ferreira foi o primeiro a voltar do intervalo. A exceção foi ao goleiro Richard, que já havia retornado bem antes.
Ainda na volta para o segundo tempo, Vina e Vizeu conversaram bastante. Enquanto, Yony chamou o compatriota Steven para falar alguma coisa. Mendonza quase perde a tradicional roda dos jogadores antes de a bola rolar.
Após cometer a falta no atacante Steven Mendonza e receber o cartão amarelo, o volante Ferreira e os jogadores do Sampaio reclamaram bastante dizendo que o atacante alvinegro se jogou. Quando pararam e chegou o silêncio, surgiu uma voz forte: “Não foi nada. Ele foi malandro”.
Antes do primeiro gol do Ceará, o treinador Guto Ferreira estava muito nervoso. Num lance em que o volante Charles desperdiçou e chutou pra fora, o comandante alvinegro: se virou para o banco de reservas, levou as mãos à cabeça e gritou muito alto: “puta que pariu!”.
Após uma marcação de tiro de meta para o Sampaio, os jogadores do Ceará reclamaram bastante da arbitragem, alegando que foi escanteio. O lateral Bruno Pacheco estava próximo à linha central e perguntou ao assistente: “isso aí, não foi escanteio? Tá bom! Daqui você enxerga que não é escanteio, mas dali, você não enxerga que é tiro de meta”.
No lance mais polêmico da partida, um pênalti em cima de Bruno Pacheco que os jogadores do Ceará pediram, o árbitro baiano Marielson Silva apontou tiro de meta, mas avisou que estava esperando a análise do VAR. Guto não se aguentou e começou a falar alto olhando para o setor Premium, onde estavam os dirigentes alvinegros: “Meu Deus do céu. Isso não foi pênalti? Se isso não foi pênalti, o que é pênalti, então? Como é que não marca um pênalti desses? Assume, porra!”.
Na espera pelo VAR, o meia Vina pegou a bola e colocou debaixo do braço, como que já esperando que o pênalti fosse marcado, mas o árbitro foi até o camisa 29 do Ceará tirou a bola dele e entregou ao goleiro Mota, do Sampaio Corrêa.
Após o primeiro gol do Ceará, os jogadores do Sampaio, liderados pelo goleiro Mota, foram até o árbitro e disseram que havia acontecido falta no início da jogada do zagueiro Luiz Otávio em cima do atacante Joanderson. O árbitro fez o gesto com as mãos dizendo que o VAR estaria analisando.
Tanto no primeiro, quanto no segundo gol do Ceará, o técnico Guto Ferreira vibrou muito. Soltou o grito preso na garganta e comemorou bastante.
Quando o placara estava 0x0, o atacante Dudu, do Sampaio, foi substituído, mas para deixar o campo, ele saiu lentamente e houve muita reclamação de todos os alvinegros. Depois, quando o placar já apontava 2×0, outros dois atletas do time maranhense foram substituídos. Só que nesse momento, alguém no setor Premium gritou: “Sai devagar agora, Porra”.
O jovem meia Geovane ouviu seu nome ser chamado pelo técnico Guto Ferreira junto com o do lateral Buiú. Ambos correram em direção ao treinador, mas ao chegar perto, Guto disse que era o Yony. O garoto deu um largo sorriso e voltou para onde os outros companheiros reservas estavam de trás das placas de publicidade, que ficaram rindo da situação.
Ao ver a confirmação do pênalti através do VAR, o meia Vina pegou a bola e se dirigiu para bater. Os atacantes Saulo e Vizeu cumprimentaram, falaram com ele e incentivaram bastante. Após, desperdiçar a cobrança, vários jogadores foram falar com Vina, bateram palma e tentaram animar o camisa 29. Vina lamentou bastante o erro, olhava para o céu e parecia não acreditar. Após o apito final, saiu sozinho de cabeça baixa para os vestiários, visivelmente chateado. Enquanto todos os outros companheiros, inclusive os reservas e os que foram substituídos, ficaram no campo comemorando a classificação.
O Ceará teve um prejuízo de R$ 11.332,50 de acordo com o borderô da partida.
📸 Kely Pereira/AGIF