
A atual campeã europeia está mais uma vez fora da Copa do Mundo. A Itália foi eliminada em casa para a fraca Macedônia do Norte, que não teve chances contra Portugal e assim como a Azurra vai ver o mundial do Catar pela TV.
Enquanto isso, a Seleção Brasileira conseguiu um feito inédito ao fazer a melhor campanha da história das Eliminatórias Sul-Americanas. Com os 4×0 em cima da Bolívia, na temível altitude de La Paz, na última terça-feira, o Brasil chegou a 45 pontos em 17 jogos e fez a maior pontuação desde que a competição assumiu o atual formato.
Em 17 jogos, a equipe do técnico Tite conquistou 14 vitórias, não perdeu nenhuma vez e ainda teve 3 empates. Marcou 40 gols sofreu apenas 5. Uma campanha irretocável e avassaladora.

Com esses números, a Seleção Brasileira superou o recorde da rival Argentina, que nas eliminatórias da Copa de 1998, havia somado 43 pontos, com 13 vitórias, quatro empates e uma derrota. Vale lembra que o Brasil ainda tem um jogo a cumpri, justamente contra os hermanos, no famoso jogo interrompido pela Anvisa, na Neo Química Arena, em São Paulo.
Claro que muitos são descrentes com a Seleção. Afinal, não ganha de um time europeu desde a Copa de 2014, quando bateu a Sérvia e a Croácia. Sem contar que a goleada pra Alemanha por 7×1, no Mineirão, há 8 anos, e as frustrações no duelos contra a Suíça (empate por 1×1) e Bélgica (derrota por 2×1) na Rússia trouxeram muito mais dúvidas do que confiança na camisa amarelinha.

Por outro lado, neste momento, quem possui uma Seleção mais forte que a Brasileira? Talvez só a França e muito mais individualmente falando, do que coletivamente. O Brasil, nos últimos 3 jogos, foram 3 goleadas por 4×0, e uma delas, por sinal a última, na capital boliviana, onde todos acusam de ser um lugar terrível pra jogar.
Tite, que no começo deste novo ciclo nas eliminatórias, deu uma balançada e sofreu pra colocar a equipe jogando bem, teve altos e baixos, ainda mais com a perda do título da Copa América, ano passado no Maracanã, parece ter encontrado o “ponto do doce”. Não só pelos placares, mas também pela forma do time nacional atuar e com algumas surpresas.
Lucas Paquetá, Rafinha, Martinelli, Guilherme Arana e Bruno Guimarães são alguns dos atletas de uma geração, que promete, pelo menos, vem prometendo e fazendo bonito. E olhe que nem vou falar de Alisson, Marquinhos, Casemiro e Neymar, que são titulares absolutos e referência para o grupo dentro e fora de campo.
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Os mais pessimistas podem falar que é fácil ganhar da Bolívia, Paraguai e Chile. Isso é verdade, mas assim como Alemanha, Portugal e Holanda, que também vencem fácil Israel, Macedônia e Noruega, por que elas podem ser favoritas e o Brasil, não?
Talvez seja a hora de o pessimismo dar chance para o realismo. Neste momento, o Brasil vive o seu melhor e a expectativa é enorme para o sucesso e o Hexa na Copa do Mundo.
O primeiro passo vai ser logo nesta sexta-feira, 01, quando acontece o sorteio dos grupos. O caminho nacional pode ser do grupo da morte ou aquela mesma moleza de 2002, que sempre traz ótimas lembranças.
📸Lucas Figueiredo/CBF
