
Aquele jargão de que “é só início do Campeonato e dá para recuperar mais lá frente” já não dá mais para ser usado pelo Fortaleza. São 7 partidas disputadas e apenas 2 pontos conquistados. O time é desde a abertura do Brasileirão o lanterna e o único que ainda não venceu na competição.
Para completar, dos 7 jogos realizados até aqui 4 foram em casa e contra adversários, que, na teoria, não disputam o título: Cuiabá, São Paulo, Fluminense e Juventude. Se não bastasse, a próxima partida é diante do maior rival.
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Por isso, o duelo contra o Ceará, nessa quarta-feira, 20h30, no Castelão, é mais do que uma decisão para os comandados do técnico Juan Pablo Vojvoda. Além do aspecto moral e da confiança que uma vitória pode gerar, a pontuação na tabela é outro fator imprescindível para tratar esse jogo como um divisor de águas na temporada.
O tamanho do Clássico é ainda maior só por saber que, mesmo vencendo, o Fortaleza nem sequer sai da última colocação. O que dá para ter noção de que em caso de derrota as consequências podem ser terríveis.
Apesar do ótimo desempenho na Libertadores, onde de maneira brilhante saiu da lanterna com 2 derrotas seguidas para uma excelente arrancada e classificação às oitavas, no Brasileirão, o time já tentou as últimas 2 vezes diante de Fluminense e Juventude atrair a mesma energia da competição continental, mas não foi capaz de sair com o triunfo.
E as sequelas estão começando a aparecer. Pelo menos 4 atletas são dúvidas para essa “decisão”: o atacante Kayzer, o volante Hércules e o meia Matheus Vargas estão entregues ao departamento médico. Enquanto Tinga jogou por apenas 10min diante do Juventude e saiu com um desconforto muscular, e Lucas Crispim foi substituído no intervalo.
O elenco tricolor se reapresenta na tarde desta segunda-feira. Vojvoda só terá ainda a atividade de terça para recuperar o grupo, pensar e colocar em prática uma estratégia para impedir que o time não atue como foi diante do Juventude e mesmo que jogue mal, consiga a 1ª vitória no Brasileirão.