
Nem o mais otimista tricolor ou o maior profeta do planeta poderia imaginar que o Fortaleza conseguiria sair da última colocação ao final do 1º turno para terminar o Campeonato Brasileiro em 8º lugar.
Num roteiro que parece feito para um filme, o time leonino conquistou uma das vagas a Pré-Libertadores em 2023. O feito, como uma bom longa-metragem, tem drama, muita ação, paixão e principalmente muita emoção.
A vitória em cima do Santos, por 2×0, em plena Vila Belmiro, local em que o Fortaleza nunca havia vencido, é apenas a cereja do bolo para uma arrancada arrebatadora no returno da competição.
O Tricolor passou 20 rodadas na zona de rebaixamento, 14 delas na lanterna. Aliás, terminou o 1º turno em último lugar. Mas depois disso, a ascensão foi avassaladora. Em 19 jogos, foram 12 vitórias, 4 empates e apenas 3 derrotas. 31 gols marcados e apenas 16 sofridos. Aproveitamento de 70%.
Nunca antes na história do Brasileirão (no atual formato), uma equipe havia terminado o 1º turno na lanterna e conseguido sequer escapar do rebaixamento. O Fortaleza não só quebrou essa escrita como ainda vai disputar a principal competição de clubes do continente.
Um trabalho que passa por várias mãos, pés e mentes pensantes: dirigentes, comissão técnica, jogadores funcionários. Não dá para precisar ou escolher apenas um salvador da pátria. Pelo contrário, todos foram importantes. Desde o goleiro Fernando Miguel, passando pelos reforços, pelos jogadores que ficaram, pelo técnico Vojvoda que precisou mudar metodologia, pela diretoria que acreditou na comissão técnica e pelos novos contratados.
Um feito gigante que leva o Fortaleza a outro patamar não apenas no futebol cearense e nordestino, mas principalmente no cenário nacional. O Leão volta a disputar a Libertadores pelo 2º ano consecutivo.