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6º dia em Doha e esse sábado foi o menos exaustivo de todos. Mas também, depois do que aconteceu no 5º dia, impossível haver algo mais cansativo. Enfim, sabadão, começou com uma ida ao tão badalado Souq Waqif (mercado de Doha).

Fui encontrar 1 amigo cearense e fazer alguns vídeos para um dos meu patrocinadores: a PingolBet (por sinal, deem uma moral ao Blog. Acessem lá, façam aquela fezinha e vocês ainda podem ganhar uma boa grana. Aqui o link para cadastro.)

Como qualquer ponto turístico, há muito comércio, comida e gente de tudo que é lugar. E numa Copa do Mundo, aí, é ainda mais. É lindo e muito muito grande. Quando tiver um dia de folga irei lá para conhecer melhor.

Depois do almoço (dessa vez, pizza. Estava precisando comer algo que não tivesse muito tempero e nem pimenta), fui ao treino da Seleção para a coletiva do volante Casemiro. A atividade estava marcada para as 17h, mas seria fechada e só teríamos acesso a entrar no Estádio e ficar no centro de imprensa a partir das 17h30 e somente depois da prática é que começaria a entrevista.

Em Doha, 17h já tá escuro. O pôr do sol aqui é por volta das 16h45. Peguei o metrô e o ônibus. Eu não uso aplicativo para saber os horários das saídas dos transportes. Tudo, eu consigo ver pelo Google Maps, que informa com precisão os horários principalmente dos ônibus, e o metrô não demora mais que 4 minutos para chegar.

Dessa vez, apertei o sinal pra parar bem antes e ficou lá sinalizado que alguém queria descer. Então, o motorista não me deixou no vácuo (e longe) como no dia anterior. Como queria aguentar o ritmo até o jogo da Argentina, que seria às 22h. Passei num mercadinho ao lado e comprei um Red Bull por 8 catari (quase R$ 12).

Uma leve esperada fora do Estádio com os outros colegas jornalistas (ah! os convidados e os familiares podiam entrar de boa), mas às 17h30 fomos liberado. No centro de imprensa, não havia outro assunto: a ida de Vitor Pereira para o Flamengo e a saída do Dorival Júnior.

Todos dando o pitaco sobre o futuro do novo treinador rubro-negro. A turma rival já afirmava que ele não chegará ao Mundial de Clubes, enquanto os flamenguistas pedindo calma e dizendo que ele faria sucesso, pois no Corinthians ele não tinha um elenco qualificado. Já os corintianos, como eu, muitos indignados com o treinador português e a pergunta que ficou no ar era: a sogra melhorou?

Casemiro chegou por volta das 19h20. Auditório lotado e o tema Neymar dominou a coletiva, deu até pra perceber que o volante brasileiro se irritou um pouco. Mas foi interessante e deu para extrair boas declarações para fazer matéria.

A entrevista acabou pouco depois das 20h. Então, já havia perdido o ônibus que sai do Centro de Mídia para o Estádio Lusail. Eu teria de ir de metrô. Pra chegar a estação, olhei no Google e percebi que demoraria pelo menos 40min para ir a parada, esperar e chegar à estação.

Então, pedi um Uber. Deu apenas 11 catari (algo como R$ 15). O motorista era catariano e muito muito fã da Seleção Brasileira. Ele me mostrou fotos dele e da família com a camisa do Brasil. E me perguntou se eu não conseguiria uma camisa do Neymar para ele. Eu ri e expliquei pra ele (com um inglês péssimo que tenho) que é quase impossível para nós jornalistas. E que minha filha também havia pedido, mas já havia falado pra ela que não haveria possibilidade.

Cheguei à estação de metrô às 20h30. Correria grande para pegar a linha, fazer a mudança para a outra e chegar a tempo ao Lusail. Rapaz, às 21h05, eu já estava ao lado do estádio. ESPETACULAR. Pense num negócio rápido, prático e tranquilo.

No estádio, fui tentar jantar. No centro de mídia do Lusail (como em todos os outros estádios), há uma lanchonete. Os preços são razoáveis, nem baratos como no Centro de Mídia (principal) e nem caros como dentro do Estádio. Há um combo com sanduíche (pão integral, queijo branco, frango grelhado, alface e tomate) bebida por 30 catari (R$ 45)

Para você ter uma ideia, como coloquei no 4º dia, um cachorro quente (daqueles cansados com apenas o pão e a salsicha) com refrigerante dentro dos estádios custa 40 catari (quase R$ 60).

Comi bem, forrou de boa e corri para o meu lugar na tribuna de imprensa. Vários colegas ao lado: PVC, Martin Fernandes, Ulisses Gama, Marcelo Bechler e claro, alguns argentinos e mexicanos.

Jogo histórico, atmosfera inigualável, daqueles momentos em que a gente pensa que tá sonhando e precisa se beliscar e registrar para ter certeza que é real.

Depois do jogo, peguei o ônibus de volta, em seguida metrô e, graças a Deus, no quarto do hotel. Sem o cansaço dos outros dias, deu pra fazer tranquilo a live no Instagram e interagir com a turma. Foi excelente. Aí, logo após, falei com a família, esposa e dormi.

Neste domingo, o dia vai ser puxado. Coletiva do Tite e do Marquinhos no Centro de Mídia, treino oficial podendo acompanhar por 15 minutos e depois Alemanha x Espanha lá no Al Bayt (o estádio mais distante). Espero que dê tudo certo.