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8º Dia em Doha e com jogo da Seleção Brasileira tudo fica mais dinâmico e eufórico. E pra completar, o horário ainda ajudava (19h aqui no Qatar, 13h no Brasil). Só que não dá para ter sossego. É preciso se preparar e ainda fazer as matérias do dia. E assim como ontem, o dia foi de muita alegria e felicidade pessoal e profissional.
Cheguei ao Centro de Mídia pouco antes das 11h, fui pegar um café e tentei fazer da mesma forma que ontem (com leite de caixa). Não havia leite na caixa, mas numa jarra e estava morno, ótimo. Bebida preparada e aquele gole “dilei”. Meus amigos, a sensação é que tomei iogurte com café. Mas como meus pais me ensinaram, não botei pra fora, bebi e aprendi.
Fiz meu material para as redes sociais e 2 matérias para o site do Blog, sempre com a TV ao lado vendo o jogaço Camarões 3×3 Sérvia. Depois, almoço, gravei uma passagem para o jornal da TVC e em seguida fui para o Estádio.
Estava com uma enorme expectativa de conhecer o badalado 974. O estádio que foi feito com contêineres. No caminho, no ônibus junto com colegas jornalistas, um pôr do sol daqueles de cinema. Lindo mesmo.
Ao chegar próximo ao Estádio, realmente impressiona. Parece uma maquete de tão perfeito que é. Quando vi os elevadores em forma de contêiner, subindo e descendo, eu nem acreditei. E dentro é de uma beleza, limpeza, cuidado e arquitetura que somente vendo ao vivo dá para ter uma dimensão.
Diferentemente dos outros estádios em que visitei, no 974, o ônibus da Fifa com os jornalistas para do lado da entrada da mídia, praticamente dentro da arena. Então, não fui aos arredores do lado de fora para fazer imagens e conversar com os torcedores.
Optei em ficar na parte de dentro, onde ficam os telões, as tendas, os palcos, as lojas e todas as inúmeras atrações, que a Fifa disponibiliza para o torcedor se divertir antes, durante e depois da partida. E mais uma vez, não me canso de repetir e de me surpreender da quantidade de pessoas de várias nações com a camisa e a bandeira do Brasil.
Infelizmente, não encontrei nenhum cearense. Praticamente dei uma volta no Estádio, mas não vi ninguém com a camisa do Ceará, Fortaleza, Ferroviário ou de outro clube cearense. Encontrei atleticanos, corintianos, flamenguistas, um solitário torcedor do Juventus (da mooca). Espero que diante do Camarões, na próxima sexta-feira, possa encontrar.
Depois, uma pausa para jantar e acompanhar o finalzinho do jogo Coreia do Sul 3×2 Gana. Aliás, o centro de imprensa do 974 é bem menor do que os outros e estava abarrotado, quase não encontro lugar para sentar. Mas achei, pedi um sanduiche com fanta laranja (aquele combo que custa 30 catari) e forrou demais. Levei a garrafinha do refrigerante. Lá na tribuna de imprensa, há uns bebedouros pertinho e dá para beber água à vontade.
No meu local, ao lado de vários jornalistas brasileiros, a visão era excelente. Encontrei com Walter Casagrande Júnior e Juca Kfouri. Enquanto a equipe de transmissão da Globo e do Sportv estava bem mais distante do que na partida anterior.
O jogo começou, mas foi bem mais difícil do que (acredito) todos imaginavam. Brasil sentiu muitas dificuldades, ainda mais sem Neymar e com algumas peças não atuando bem e pra completar diante de um adversário que jogou todo recuado e claramente queria o empate.
Durante a partida, que em alguns momentos ficou bem monótona e, quando acontece, a torcida inventa de fazer a “ôla”, foram várias tentativas e nada de dar certo. Já no gol do Vini Jr, foi uma euforia sem tamanho, da mesma proporção, quando foi anulado. Incrível o clima de frustração que ficou. Só que no final, aquele golaço do Casemiro extravasou tudo. Vitória merecida. Afinal, somente um time quis a vitória.
Aí, infelizmente, aconteceu algo que não esperava, o conector do meu notebook não estava ligado. Eu jurava que estava. Quando chego aos estádios, já ligo tudo na tomada para não haver o desespero de ficar sem bateria. Infelizmente, foi justamente o que ocorreu. Pense numa dor grande quando percebi. Mas não tinha o que fazer, era engolir o choro e correr para a sala de coletiva.
Chegando lá, o silêncio me surpreendeu. Completamente diferente da zona de mista, que parece uma feira com barulho e muita gente. Apesar de muitos repórteres na sala de imprensa, no máximo, eu ouvia apenas sussurros. Peguei meu lugar, acompanhei a coletiva do treinador da Suíça (tem um aplicativo da Fifa para jornalistas acompanharem com tradução simultânea para vários idiomas, inclusive português).
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Sem demoras, Tite, Casemiro e César Sampaio chegaram e a coletiva começou. Consegui fazer uma pergunta ao volante da Seleção Brasileira, que foi escolhido o melhor jogador da partida.
No final, fui até a saída tentar falar com o César Sampaio. Uma rápida saudação e eis que chega Tite, começa a conversar comigo sobre a resposta à minha pergunta na coletiva passada. Eu fiquei até sem palavras, só fiz agradecer e explicar que entendia todo o motivo de ele não saber do ocorrido em Aracruz/ES, devido ao foco ser total na Copa. Ele agradeceu e se despediu. E eu me tremendo todo e extremamente feliz.
Emocionado, corri para o ônibus para voltar ao Centro de Mídia da Fifa e fazer minhas matérias. Ao lado do gigante Jorge Luís Rodrigues (9 copas do mundo e hoje assessor de comunicação da Conmebol), uma conversa muito boa sobre jornalismo e futebol.
Depois, metrô e hotel. No quarto, live no Instagram sobre a vitória brasileira, em seguida conversa com os familiares e dormi. A terça-feira também será de muito trabalho com treino da Seleção e entrevistas com os ex-jogadores do Brasil que fazem parte da comissão técnica.