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9º Dia em Doha e não esperava que seria tão corrido, atribulado e cheio de novidades. A mesma rotina da manhã, devido ter ido dormir durante a madrugada, levantei perto das 10h e fui para o Centro de Mídia da Fifa, onde haveria um evento para os jornalistas.
A Fifa, brilhantemente, resolveu fazer uma linda homenagem àqueles jornalistas que fizeram a cobertura de 8 ou mais Copas do Mundo. Eu achei fantástico, reverenciar ainda em vida seja qual for o profissional é de uma altivez enorme e muito justa.
O evento estava marcado para iniciar às 12h30, mas logo às 12h, o Virtual Stadium (local do evento no Centro de Mídia), que lembra um cinema enorme, gigante, já começava a receber os convidados e a imprensa que iria trabalhar.
Aos poucos, ícones do jornalismo do mundo todo foram chegando. Claro que não conhecia os estrangeiros, mas dava para perceber quem eram com a multidão do lado cercando. Entre os brasileiros: Galvão Bueno, Pedro Ernesto, Ricardo Capriotti, Jorge Luiz Rodrigues, Eraldo Leite, Wellington Campos, Osires Batista (havia outros, mas não compareceram como Juca Kfouri e Luís Roberto).
Depois das 13h começou o evento. Ronaldo (Fenômeno) foi quem entregou os troféus. Antes, o Presidente da Fifa, Gianni Infantino, apareceu no telão com uma mensagem aos premiados. Na entrega, o legal foi ver que muitos tietavam o ex-atacante brasileiro.
Quando terminou, por volta das 14h, houve um verdadeiro alvoroço não só para entrevistarem Ronaldo, mas também para tirar uma foto. Foi necessário a segurança e os assessores do ex-atacante aparecerem para retirarem do palco, do contrário, ele iria demorar bastante para sair.
Com o atraso nesse evento, minha programação baldeou toda. A coletiva dos ex-jogadores, que fazem parte da comissão técnica da Seleção Brasileira, estava marcada para as 15h15. Ou seja, teria de almoçar voado, pegar o metrô e depois o ônibus para chegar ao Estádio Grand Hamad. O trajeto do Centro de Mídia até o local de treinos do Brasil demora cerca de 1h15, quando o ônibus e o motorista ajudam (lembram do dia 03?)
Correria grande, mas só cheguei à estação do metrô para pegar o ônibus às 15h05. Seria impossível chegar a tempo à coletiva. Então, foi o jeito chamar um Uber. O motorista Sameem pisou fundo e deu pra entrar às 15h25 na sala de entrevistas. Perdi somente o início, sala lotada, mas deu para fazer uma pergunta ao César Sampaio.
Logo depois, fomos para o setor de imprensa nas arquibancadas acompanhar a atividade dos jogadores. Aí, começou o drama. Um funcionário do estádio informou que as tomadas elétricas não estavam funcionando e que estariam tentando consertar o mais rápido possível.
Não dava para voltar pra sala de imprensa e perder o treino, que era aberto e poderia fazer imagens. Fiquei fazendo alguns vídeos e terminei a matéria da coletiva. Aí, vi o médico Rodrigo Lasmar conversando com Juninho Paulista e depois foram para os vestiários. Em seguida, Juninho retorna, e o ascom da Seleção Vinicius Rodrigues também conversa com o médico.
Falei com alguns colegas que estava acontecendo algo. Num deu outra, 1 minutos depois, o Vinicius informa que vai soltar um boletim médico com o Rodrigo Lasmar e ressalta que havia uma atualização sobre a condição clínica do Alex Sandro, Neymar e Danilo.
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Correria foi ainda maior, colegas refazendo as passagens de tv, burburinho alto, a turma do rádio gritando: “Pode me chamar, tem novidades”, “Mais uma baixa na seleção”, “Alex Sandro também não enfrenta Camarões” e várias outras.
Matérias feitas, mas ainda faltava uma última. Só que já passavam das 18h30 e o ônibus para o jogo País de Gales x Inglaterra sairia do Centro de Mídia da Fifa às 20h. Ou seja, tinha apenas 1h30, e não daria mais tempo, ainda mais com o engarrafamento nesse horário. Só que o querido companheiro Guilherme Pinheiro disse que também iria por jogo e dava certo ir de metrô, pois parava do lado do Estádio Ahmad Bin Ali (todo dia aprendo algo novo).
Alívio geral. Ele chamou um Uber e junto com o outro colega Marcelo Alencar fomos até a estação do metrô e com muitos torcedores galeses e ingleses chegamos ao Estádio. Antes, jantar no shopping ao lado, depois alguns vídeos, correria para entrar e, enfim, Tribuna de Imprensa.
1º tempo péssimo, fraco tecnicamente. Apesar da ótima atmosfera no Estádio lotado. Tentei ligar o notebook para fazer uma matéria, mas a bateria estava no fim e a internet horrível. Não estava na mesa, estava nas cadeiras. Na etapa final, fui atrás de uma mesa para sentar e ligar o notebook (inclusive no cabo de rede), quando consegui, já faltavam 10min para acabar a partida. Me aquietei.
Ainda bem que o jogo melhorou bastante e a vitória foi incontestável dos ingleses com o jovem Marcus Rashford brilhando com 2 gols (1 deles de falta muito bonito).
Em seguida, correria para pegar o metrô, que dava para ir até a estação vizinho ao hotel onde estou. UFA! Foi tudo muito rápido, mas cansativo. Ligação para os familiares e depois dormi. Nesta quarta-feira, 10º dia no Qatar, tem decisão para os argentinos e estarei lá para acompanhar.