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10º Dia em Doha e esse foi preocupante, bateu um pouco de angústia, mas no final deu tudo certo. Na noite passada, cheguei ao hotel com uma dor no pé direito, mais precisamente no tornozelo. Acho que foi durante a volta do Estádio (no jogo Inglaterra 3×0 País de Gales).

Como aqui a gente anda bastante, creio que devo ter sofrido uma pequena entorse, mas na correria, você nem sente. Quando o “sangue baixou”, aí começou a doer, a incomodar. Quando acordei pela manhã, não estava doendo tanto, mas depois da boa caminhada ao Centro de Mídia. Começou a dar uma pequena incomodada.

Depois que que fiz a 1ª matéria e me levantei para ir ao banheiro, aí eu senti. Na hora, passa muita besteira na cabeça. Mas sempre confiando que não seria nada demais. Até porque quem jogou muita bola como eu quando era mais novo, já imaginava que dava pra aguentar de boa.

Só que um cearense, de Crateús, no Oriente Médio, com um pé machucado, não vale a pena criar riscos, né? No Centro de Mídia da Fifa há um departamento médico pra atender funcionários, voluntários e jornalistas. Por sinal, excelente.

Então, fui logo me consultar com o médico para ficar tranquilo. Eram 2 profissionais. Um médico e creio que o outro era um enfermeiro. Fui atendido maravilhosamente bem. O médico avaliou, colocou gelo por 5min, o enfermeiro passou uma pomada (estilo gelol) e depois enfaixou. A ideia era deixar fixo o pé para não haver mais entorse. Em seguida, eles me deram o gelo e a pomada para eu usar quando chegar em casa (hotel). Quis tirar uma foto com eles, mas pediram para não tirar. Sorri e agradeci bastante.

Com o pé enfaixado, voltei para o meu canto no Centro de Mídia. Em seguida, fui almoçar. Havia um treino fechado da Seleção e depois as coletivas com os jogadores Fabinho e Alex Telles. Eu pensei umas 30 vezes se valia a pena eu ir ou não. Por que é uma caminhada enorme e depois ainda tinha de voltar às pressas para pegar metrô e ônibus para ir ao jogo da Argentina.

Eu analisei que seria melhor eu ir de metrô para a partida dos hermanos, depois da coletiva, porque não daria tempo voltar para pegar o ônibus dos jornalistas no Centro de Mídia. O último transporte sai às 20h. E não daria tempo de forma alguma, pois as coletivas começariam depois das 19h.

Ah, um parêntese, alguns podem perguntar por que nesses dias de muito cansaço e correria, ou como ontem em que estava levemente machucado, eu não desisto de ir ao jogo e me aquieto. É o seguinte. Antes da Copa, os jornalistas precisam fazer o pedido no site da Fifa de quais jogos querem acompanhar.

Após a solicitação, a Fifa aprova ou não. Após aprovado, é bom você ir ou informar que você não vai e cancelar o pedido. Só que depois de impresso o ingresso, não há como mais cancelar. Aí, se você não for, você recebe uma advertência. E 2 advertências (ou seja, 2 jogos sem ir) você perde o direito de ir aos jogos. Então, eu não quero levar nenhuma advertência para não acontecer nenhum risco de perder qualquer jogo no futuro.

Explicado isso, voltamos para a ideia de ir ou não ao treino. Eu inventei de ir, mas no caminho até o metrô, encontrei o querido Igor Siqueira, do UOL, que falou que ir de metrô ao Estádio 974, a caminhada é bem longa. Enquanto o ônibus com os jornalistas para do lado.

Eu, então, me aquietei e não arrisquei, voltei para o Centro de Mídia e fiz minhas matérias quietinho com o pé descansando. Havia ganho ontem 1 voucher para comer no faixa no McCafé (sanduiche e bebida). Aproveitei, jantei e fui para o Estádio.

Do local onde fico trabalhando até pegar o ônibus é uma boa caminhada também, então deu pra sentir que o pé não estava 100%. Poupei, fui na boa. E tentando não criar fantasmas na cabeça, como diz minha psicóloga Dra. Poliana, quando eu começar a pensar besteira, eu devo analisar porque eu estou pensando besteira e tenho de perceber que não adianta eu ficar pensando besteira e que é muito melhor ter pensamentos positivos ou focar no que realmente eu quero.

Dito e feito. Fui ao Estádio 974 (o mesmo em que o Brasil venceu a Suíça por 1×0), aquele todo feito de Contêiner. Evitei todos os excessos, não fui atrás de torcedor. Só que na entrada, encontrei o fenômeno da internet, o repórter do Canal do Casimiro, Diogo Defante.

Depois, fiquei na minha, fui para o meu canto e vi um grande jogo com os argentinos fazendo uma festa ESPETACULAR, pela vitória por 2×0 sobre a Polônia e classificação em 1º lugar no Grupo C. Parecia que estavam em algum estádio em Buenos Aires. Atmosfera de arrepiar.

Depois, ônibus (do lado), chegada ao Centro de Mídia, uma boa caminhada (com cuidado), metrô e hotel. Falei com os familiares, coloquei o gelo no congelador, passei a pomada e agarrei no sono.

Nesta quinta-feira, o dia também vai ser cheio, com treino e coletivas oficiais da Seleção Brasileira (Tite e Daniel Alves falam) e depois o histórico Alemanha x Costa Rica, espero que o pé fique melhor.