
Esta publicação só é possível graças a todos aqueles que acreditaram neste projeto
23º Dia em Doha e a terça-feira foi bem especial. Logo pela manhã, alguns amigos mandaram pra mim a matéria do g1 Ceará comigo. Fiquei realmente feliz, vários amigos comentando e lembrando das origens e por eu ter citado minha cidade, Crateús.
Eu fui cedo para o Centro de Mídia (CMQ) e lá aproveitei para dar uma volta pelas ruas e gravar vídeos e fazer fotos com torcedores brasileiros e estrangeiros sobre a semifinal entre Argentina e Croácia.
Foi muito bacana, apesar de não ter encontrado nenhum cearense, os brasileiros estavam numa animação fora de série, todos torcendo pela Croácia (a rivalidade contra a Argentina não impedia de torcer pelo carrasco aqui no Qatar).
Enquanto os estrangeiros, principalmente os sauditas, são muito fãs dos brasileiros. Então, quando eu me apresentava, eles abriam um sorriso e eu conseguia sempre arrancar algo, mesmo alguns demonstrando timidez.
Depois, fiz outro material, jantei (macarronada excelente com 2 mojitos, sem álcool, claro) e fui pegar o metrô para ir junto com os torcedores. A atmosfera é demais. Não há rivalidade. Pelo contrário, é todo mundo gritando, outros se abraçando numa ótima fraternidade.
Na chegada ao Estádio Lusail, na entrada de acesso aos jornalistas, encontrei Jorge Valdano. Ex-atacante argentino, campeão do mundo em 1986, amigo de Maradona e por muitos anos dirigente do Real Madrid. Eu fiquei nervoso, mas consegui falar com ele e registrei o momento.
No centro de imprensa, completamente lotado, fui atrás de ver se encontrava meu xará, mas não achei. Reencontrei alguns companheiros, conversamos sobre as semifinais, e claro, a decepção pelo Brasil não estar em campo contra os argentinos.
Em seguida, subi para encontrar meu lugar na Tribuna de Imprensa e poder ver a partida. Eu imaginava que seria um jogo bem difícil, mas que os argentinos ganhariam. Só não esperava que seria de forma tão tranquila.
Vitória incontestável dos hermanos com um show avassalador de Messi. Um privilégio ter visto as 6 partidas do gênio argentino até aqui. Em alguns momentos, eu ficava olhando para os lados realmente tentando ter certeza de que estava vivendo tudo aquilo e que não era um sonho. Foi emocionante e maravilhoso ver de perto a história acontecer.
Depois de quase 30min, fui à zona mista e estava também completamente lotada. Os argentinos demoraram demais. Messi já havia concedido entrevista como melhor da partida, já passavam de 1h30 e nada de os atletas aparecerem.
Então, resolvi ir logo para o ônibus, que levaria os jornalistas ao Centro de Mídia principal. Ainda bem que não esperei lá na zona mista. Houve algum problema com os transportes. Havia uma fila enorme de jornalistas esperando os ônibus.
Só consegui embarcar 2h10. Cheguei ao CMF às 2h30 e peguei o metrô às 2h45. Ou seja, se tivesse me atrasado pouco mais de 15min, teria perdido o metrô e aí estaria lascado. Mas ainda bem que deu tudo certo.
No hotel, falei com os familiares, mas demorei pra dormi. O sono só chegou por volta das 5h e a assim como a terça-feira, esta quarta também promete com França x Marrocos para saber quem vai decidir o título contra a Argentina.