
Já escrevi outros artigos sobre um treinador estrangeiro comandar a Seleção Brasileira. Creio que se não for 1 dos 3 melhores (Guardiola, Ancelotti ou Klopp) sou defensor de que não seja contratado um forasteiro. Mesmo aqueles que já conhecem bem o futebol nacional como Jorge Jesus ou Abel Ferreira, queridinhos do eixo.
O UOL noticiou não apenas que a CBF já abriu conversa com o italiano Carlo Ancelotti, como o treinador do Real Madrid indicou que pode iniciar um negociação, mas avisou que só pode assumir, após o fim da temporada europeia (que acontece em junho de 2023).
Até lá, a Seleção Brasileira terá 2 datas-Fifa, em março (20 e 28) e em junho (12 e 20). Podem ser apenas amistosos, mas também podem ser das eliminatórias para a Copa de 2026. A Conmebol ainda não informou.
Vale lembrar, contudo, que para o Mundial daqui a 3 anos e meio no México, EUA e Canadá será com 48 seleções. E a América do Sul vai classificar 6 equipes e uma 7º ainda irá para a repescagem.
Ou seja, não há a menor possibilidade de a Seleção Brasileira ficar fora da próxima Copa do Mundo e por isso pode disputar essas 2 datas-Fifa até com o time Sub-20.
Assim, o treinador da Seleção principal não precisa chegar tão rápido para começar o projeto. É possível esperar um pouco mais para não errar na escolha. E se for para trazer realmente Ancelotti, sou a favor.
Assim, acaba essa polêmica sobre treinador estrangeiro. Traz um dos melhores do mundo, que é amigo do antecessor (Tite) e conhece vários jogadores brasileiros (já treinou Richarlison e Casemiro e atualmente comanda Militão, Rodrygo e Vinicius Júnior) e não dará margem para os argumentos sobre tempo, técnica e conhecimento.
Que a CBF tenha coerência para, caso realmente queira um forasteiro, fazer da melhor forma possível. E se mudar de ideia e optar por um técnico nacional que também use o critério do que há de melhor no futebol brasileiro. Pena que a torcida de clubes sempre pesa nessa escolha e na opinião pública.