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26º Dia em Doha e a sexta-feira foi mais um dia bastante especial e com muitas emoções. Depois da folga, voltei à labuta. E logo às 12h30 (horário de Doha) estava marcada a tão aguardada entrevista coletiva com o Presidente da Fifa, Gianni Infantino, no Centro de Mídia principal (CMF).
Só que o ‘homi’ atrasou em 1h. Chegou à bancada do Virtual Stadium às 13h28. Eu até queria fazer uma pergunta, aliás outros colegas brasileiros também, mas o chefe de comunicação da Fifa não deu muita bola. Alguns ficaram chateados, porque os questionamentos foram bem leves.
Enfim, o que mais chamou atenção e causou enorme repercussão no mundo todo foram os anúncios (antes das perguntas) sobre o Mundial de Clubes a partir de 2025, que será realizado de 4 e 4 anos.
Diferentemente dos europeus, nós, brasileiros e sul-americanos, somos loucos pelo título mundial de clubes. E a Fifa inventar de fazer uma fórmula assim é para criar inimizade com muita gente. Inclusive, até os clubes do velho continente também não gostaram. Assim, fui fazer minhas matérias do dia.
Depois, fiz apenas um lanche rápido e deixei para jantar no meio da noite. Em seguida, o experiente repórter argentino Sérgio Levinsky, com mais de 10 coberturas in loco de Copas do Mundo, me entrevistou sobre o meu nome. Foi um dos grandes momentos e mais especiais pra mim aqui no Qatar.
Foi emocionante. O Sérgio é uma lenda e conhece como poucos o futebol argentino. Falar pra ele sobre o meu nome, sobre toda a história envolvida, o carinho pela seleção e jogadores argentinos foi demais e deu pra perceber que ele também se emocionou.
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Um fato bem curioso. Enquanto estava conversando comigo, um outro companheiro de Sérgio, Pedro (esqueci o sobrenome) da AFP (Agência France Press) havia entrevistado o Mário Kempes, em um hotel em Doha, minutos antes. Foi muito interessante vê-lo conversando e explicando ao colega que era ele que estava com o Mário Kempes (rsrsrsrsrsrs).
Depois da ótima entrevista, um excelente bate-papo sobre futebol, jornalismo, xenofobia e até política, eu voltei para meu lugar no Centro de Mídia e voltei a fazer meu material. No começo da noite, recebo o e-mail da Fifa aprovando meu ingresso para a Final de domingo.
O coração bateu em disparado e os olhos encheram de lágrimas. Foi muita emoção. Porque a mídia do mundo todo quer estar nesse jogo, e eu consegui. Passou um filme na cabeça daqueles bons de ver.
Encerrei os trabalhos e estava desejando comer um Mcdonalds. Há um shopping aqui perto do Centro de Mídia. Fica a 2 estações de metrô. Fui lá e como diria minha mãe, matei o verme. Excelente. Bucho cheio. Peguei o metrô e fui pro hotel. O dia foi recheado de muitas emoções.
Falei com os familiares e depois caí no sono. Não estava tão exausto, mas dessa vez queria dormir cedo. Até porque nesse sábado, logo às 11h já terá coletiva da França no Centro de Mídia. Então, antes das 2h já estava no berço.