O clima de guerra entre torcida e o presidente do Ceará, Robinson de Castro, ganha mais um capítulo. Nesta segunda-feira, a principal organizada do clube, Cearamor, fez uma postagem nas redes sociais pedindo para o torcedor não ir ao próximo jogo do time.

A equipe alvinegra atuará na próxima quarta-feira, às 20h, no Estádio Presidente Vargas, contra o Pacajus, pela 2ª Rodada do Campeonato Cearense. Vale lembrar que essa partida será a 1ª do time como mandante com a presença de público, desde o duelo contra o Cuiabá, ano passado, no Castelão, quando aconteceu a invasão e levou o clube à punição no STJD.

Na postagem, a organizada afirma que todo prejuízo causado ao clube é de reponsabilidade do atual mandatário, afirma que não vai à partida e pede para o torcedor fazer o mesmo.

A derrota por 3×0 para o Ferroviário, nesse domingo no PV, no primeiro encontro em Fortaleza do time com a torcida, desde o incidente na partida contra o Cuiabá, em 2022, impeliu a TOC.

Aliás, os ânimos entre torcida e diretoria estão assim desde as eliminações no Campeonato Cearense e na Copa do Nordeste do ano passado e se acentuaram com a campanha no Brasileirão, que levou o clube ao rebaixamento à Série B.

Já houve protestos na sede do clube, dentro e fora dos estádios e nas redes sociais não há uma postagem feita nos perfis oficiais do Ceará que não haja uma #forarobinson

Outro Lado

O Blog já tentou contato com o Presidente do Ceará, Robinson de Castro. E aqui, faço um comentário. Em mais de 10 anos de convívio (dirigente e jornalista), o mandatário alvinegro jamais deixou de me atender quando fiz uma ligação de telefone, ou deixou de parar e me responder (mesmo que com um não) quando o encontrei em algum jogo, treino ou evento.

Apesar de em diversas ocasiões eu e Robinson termos divergido em conceitos e opiniões, sempre houve um respeito mútuo. No entanto, desde o ano passado, quando optou por não falar mais com a mídia, após o rebaixamento do Ceará, o presidente nunca mais atendeu minhas ligações.

Internamente, funcionários e dirigentes comentam (no anonimato) que o mandatário não vai deixar o cargo. Só que a cada dia a pressão aumenta. Vamos aguardar os próximos capítulos (ou batalhas) dessa guerra, que parece não ter trégua e nem fim.