Clássico-Rei pelo Cearense Sub-17 em Horizonte. Fotos: Ascom/Ceará SC

Não vou nem citar as competições organizadas por ligas amadoras. Escrevo aqui apenas os campeonatos oficiais ou licenciados pela FCF e pela CBF: Estaduais Sub-13, Sub-15, Sub-17 e Sub-20. Copas Sub-11, Sub-14 e Sub-20. Brasileiros Sub-17 e Sub-20. Copas do Brasil Sub-17 e Sub-20.

É preciso, no entanto, destacar, por exemplo, a nível estadual, as Copas Seromo Sub-11, Sub-13, Sub-14, Sub-15, Sub-17 e Sub-20. Além da maior competição de base do Brasil, que é a Copa São Paulo, organizada pela Federação Paulista de Futebol.

Há pouco tempo, o argumento dos pessimistas, daquela turma, que tinha preguiça de procurar, de peneirar os talentos espalhados por vários locais do Estado e queriam tudo de mão beijada, era de que não havia tantas competições e jogos oficiais para a garotada jogar bola.

Muita coisa mudou. hoje há um universo enorme de partidas e campeonatos nas categorias de base para os clubes cearenses. Há milhares de crianças e garotos espalhados em todas as cidades do Estado com talento sonhando em ser jogador profissional.

E sempre que o tema é debatido, muitos recorrem a questionamentos, Por que não revelamos mais jogadores como Mirandinha, Jardel, Iarley, Mota, Pedro Basílio, Celso Gavião (atletas que não só jogavam muita bola ou faziam muitos gols, mas foram multicampeões por onde passaram)?

Eu gosto de argumentar que antes, a sensação, era de que o intuito da base era revelar jogador para atuar no profissional e também encontrar um grande jogador para não só atuar no profissional, mas ser vendido e virar destaque.

Seleção Brasileira Sub-20 em amistoso antes da Copa do Mundo da Argentina. Foto: Ascom/CBF

Enquanto hoje, a sensação é de revelar jogador para vender. Se jogar no profissional, ótimo. Ser for vendido, excelente. E se tornar destaque no Brasil ou no mundo melhor ainda (o clube ganha dinheiro com isso).

Daí começa o debate: então, o que está faltando? Quem comanda as categorias de base do clube? São profissionais? São empresários? São pessoas interessadas no clube ou numa parceria? Como é feita a captação desses jovens? Quanto se investe na base? Por que existem atletas que nem viram profissionais e já são vendidos? Quando um atleta deve ir para o profissional? Como lidar com o assédio dos empresários ou dos outros clubes? Por que há tantas escolinhas de clubes do Sul e do Sudeste e até do estrangeiro em Fortaleza?

As perguntas são muitas e é por isso que o Blog voltou a ter esse espaço para escrever exclusivamente sobre Categorias de Base. Todas as quartas-feiras, estarei aqui tentando ajudar a responder vários desses questionamentos e, obviamente, mostrando um pouco do que está acontecendo no futebol cearense.

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