Torcida do Ceará durante o jogo contra o Novorizontino. Foto: Felipe Santos/CSC

O 1º turno da Série B do Brasileiro foi encerrado na noite dessa segunda-feira. É bom também deixar claro que 4 equipes ainda estão com 1 jogo a menos (Botafogo/SP, CRB, Chapecoense e Avaí).

Em todo caso, com 19 rodadas disputadas, poucas surpresas apareceram neste 1º Turno. Vitória comprovou o favoritismo do começo e terminou na liderança, assim como o ABC ratificou os insucessos e continua na lanterna.

Já o Ceará ficou em 10º lugar. Literalmente na metade da tabela de classificação. Os 28 pontos só mostram o que realmente aconteceu, o time alvinegro não engrenou, até tentou, mas não conseguiu em nenhum momento sequer entrar no G4.

Faltam competência, efetividade e planejamento. Afinal, o Ceará contou com 3 treinadores no 1º Turno. Gustavo Morínigo, Eduardo Barroca e agora Guto Ferreira. É interessante ressaltar também que o Vovô marcou apenas 21 gols e sofreu os mesmos 21.

Não foi por falta de aviso e nem por gritos da torcida que a diretoria alvinegra pode se eximir da responsabilidade. Pelo contrário, os dirigentes do Ceará foram apressados para mudar o comando técnico e lentos para buscar reforços.

Talvez, o título da Copa do Nordeste tenha mascarado as deficiências, mas somente alguém sem experiência acreditaria que o elenco do Ceará não precisasse de reforços. Na verdade, ainda precisa. Por outro lado, a chegada dos laterais Orejuela e Paulo Victor, do zagueiro Sidnei e do atacante Guilherme Bissoli dão um alento, mas ainda é pouco para quem antes de começar o campeonato era apontado como um dos favoritos ao título.

O Ceará vai precisar errar o menos possível, acertar o máximo e ainda torcer para que os concorrentes falhem nos momentos cruciais. Afinal, está a 6 posições e 7 pontos do G4. Ou seja, no returno, não poderá dar margem para baboseiras de jogar fora de casa, ou de enfrentar adversário difícil, ou lamentar ausência de jogador A ou B. É necessário ganhar a todo custo.

Entre os destaques, obviamente, o atacante Erick foi o principal nome do time. O goleiro Bruno Ferreira foi a grande revelação e o volante Zé Ricardo também merece uma menção honrosa, muito mais por fazer o básico do que os outros companheiros que nem isso estavam conseguindo executar.

Por outro lado, o miolo de zaga, a lateral-direita, o meio de criação e o setor esquerdo do ataque precisam de alguém para resolver o problema. A lateral-esquerda parece já ter sido resolvido com a chegada do Paulo Victor, assim como ter um bom centroavante com Bissoli e Nicolas (depois da saída de Vitor Gabriel).

Só que é bom lembrar que a bola precisa chegar aos homens de frente e para isso é necessário um meio de campo que saiba ser intenso, conduzir a bola e criar. Do contrário, pode colocar um cone ou o belga Lukaku que não fará diferença.

O 2º turno começa já na próxima sexta-feira, em casa, com o apoio do torcedor, diante do Ituano, um adversário que não vence há 4 rodadas e luta para não entrar na zona de rebaixamento. Ou seja, se o acesso é o objetivo, vencer é obrigação.