Ninguém vai negar que Erick é um dos principais, se não for o principal, jogador do elenco do Ceará na temporada. E não é apenas por ser o artilheiro do time em 2023, mas pelas vitórias nos Clássicos-Rei e ainda pelo que fez na campanha do título de tricampeão da Copa do Nordeste.
Só que o sucesso na temporada, como já era esperado e como aconteceu com outros (Vitor Gabriel e Arthur Rezende, por exemplo), chamou a atenção de gigantes do futebol brasileiro e o São Paulo não se escondeu, ainda mais comandado por Dorival Júnior, que trabalhou com Erick em 2022.
Depois disso, Erick viu a oportunidade de jogar num dos maiores clubes do continente e parece que não está conseguindo ainda separar o presente do futuro. Seu futebol, coincidentemente, não é mais o mesmo. E como o próprio técnico Guto Ferreira respondeu, aos ser questionado por esse que vos escreve, só é cobrado quem tem competência.
Parte da torcida, que idolatrava e chegava a chamar o atacante de Pelerick, já não suporta mais os erros, a displicência e os vários gols perdidos em jogos e momentos importantes . A pá de cal foi o infantil pênalti cometido no último domingo, que causou a derrota para o Vitória, por 1×0, em Salvador.
- Fernando Diniz chama 4 jogadores do futebol brasileiro, pretere Botafogo e convoca 2 do Sauditão
- Pingou! Ceará e Fortaleza recebem adiantamento da Liga Forte Futebol; entenda e saiba os valores
- Ferroviário reverte vantagem, goleia o Pacajus, chega à Final da Taça Fares Lopes e garante vaga na Copa do Brasil 2024
Com a chegada de Chrystian Barletta, Guto pode abrir mão do seu principal atacante para deixá-lo no banco diante da Ponte Preta, domingo, às 18h, na Arena Castelão (com transmissão da Band e do Premiere).
Colocar Erick no banco de reservas, de início, não é punição. Pelo contrário, vai preservar o camisa 11 da exigente torcida alvinegra, que está incomodada e chateada não só com o desempenho do atleta, mas com a fraca campanha do time na Série B.
Não bastasse, com um novo atacante no lado direito, abre-se a possibilidade de o time parar de jogar em função de Erick e assim criar mais oportunidades e deixar de pegar a bola e já tocar para ele resolver como se fosse o único em campo.
Pra completar, Erick entrando no 2º tempo, ou na reta final da partida, com a defesa adversária já cansada e ele com fôlego, é possível imaginar que possa render muito mais do que de início e com o risco menor de errar, como qualquer outro companheiro, e assim ser capaz de voltar à boa fase.
Que Guto Ferreira tenha a sabedoria necessária para escolher o que for melhor para o jogador, para a torcida e principalmente para o time.