O imbróglio envolvendo Ceará e Leandro Carvalho teve um desfecho nesta terça-feira, e da pior maneira para o atleta.
O ex-atacante alvinegro entrou com uma reclamação trabalhista requerendo mais de R$ 5,4 milhões. Só que na audiência realizada hoje, Leandro não compareceu, apenas o advogado dele.
A Juíza da 4ª Vara da Justiça, então, decidiu arquivar o processo e ainda condenou o jogador a pagar as custas processuais no valor de R$ 108.220,62.
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A defesa de Leandro Carvalho alegava que os valores eram referentes à indenização por danos morais, integração em verbas rescisórias e rescisão contratual.
Enquanto o Ceará alegava que o jogador não comparecia à sede para trabalhar desde fevereiro. O clube chegou a publicar um “Chamamento de Emprego” ao atleta no Jornal O Povo.
“Considerando que o senhor não comparece ao seu local de trabalho desde o dia 22 de fevereiro de 2023, e considerando sua notificação requisitando acesso a documentos porventura assinados por vossa senhoria, o notificamos pelo presente a comparecer nas 48 horas úteis posteriores à publicação deste edital ao seu local de trabalho, sob pena de considerar seu emprego abandonado”, diz a notificação assinada pelo Presidente do Ceará, João Paulo.
Leandro Carvalho tinha contrato com o Ceará até o fim desta temporada, mas o vínculo foi rescindido no mês passado. O atacante acabou acertando com o Avaí, onde assinou até o final deste ano.
Leandro Carvalho retornou ao Ceará de empréstimo nesta temporada. Com apenas 12 minutos jogados, na partida contra o Pacajus ainda pelo Campeonato Cearense, em janeiro, o jogador, desde então, acabou não sendo mais aproveitado. Curiosamente, depois da partida diante do Pacajus, a torcida do Ceará o aplaudiu e aos gritos o chamou de “Cachaça”.
O apelido dado, de forma carinhosa, a Leandro pela torcida do Ceará chegou ao ápice em 2019. Em março daquele ano, o atacante voltou ao Vovô e foi recepcionado pelos alvinegros no Aeroporto de Fortaleza com os gritos de “Acabou o Caô, o Cachaça chegou”.
Na época, o Ceará pagou R$ 3,6 milhões ao Botafogo pelos direitos federativos e ficou com 40% dos direitos econômicos. O montante alto justificava pelo apelo do torcedor e pelas passagens boas passagens pelo time em 2017, na campanha do acesso à Série A, e 2018, quando ajudou o clube a permanecer na elite junto com o técnico Lisca.
Histórico
Só que, desde então, Leandro colecionou polêmicas, indisciplinas, não conseguiu mais mostrar o bom futebol e acabou emprestado a alguns clubes: América/MG, Remo, Náutico e Al-Qadisiya, da Arábia Saudita.
Ainda no Ceará fez postagens provocando o rival Fortaleza. Já no Remo, postou uma foto dizendo que sempre torceu pelo clube, alfinetando o rival Paysandu, onde começou a carreira e se destacou, enquanto no Náutico chegou a ser expulso fazendo o aquecimento no banco de reservas.