
O que havia acontecido no final do ano passado e início deste ano, após o rebaixamento à Série B do Brasileiro, volta com força ao Ceará Sporting Club.
A crise política, que levou o então presidente Robinson de Castro a renunciar o cargo, retornou com mais força. Isso porque, diferentemente da versão anterior, dessa vez, a oposição ganhou mais adeptos, inclusive de pessoas dentro do grupo da atual diretoria alvinegra.
Depois da “Carta Aberta” direcionada ao presidente João Paulo Silva com mais de 60 conselheiros exigindo mudanças profundas na estrutura do clube, alguns dirigentes do Ceará, que tiveram de entregar o cargo, não estão satisfeitos e romperam com a gestão do atual mandatário.
Para completar, a falta de diálogo, a inércia nas mudanças e até mesmo a retirada de todos os nomes dos diretores do site oficial do clube sem um comunicado oficial, desagradou boa parte dos administradores e conselheiros alvinegros.
- Presidente do Ceará pretende contratar um executivo para o clube e outro para comandar o futebol
- Com pedido de desculpas e lembrando título da Copa do Nordeste, Albeci Júnior entrega o cargo de diretor de futebol do Ceará
- Análise: Ceará decepciona mais uma vez no Castelão, perde e mostra o que foi em toda essa Série B
Nesta quinta-feira, 05, a oposição, que hoje é formada por mais de 100 conselheiros, vai se reunir em um almoço para debater o que deve ser feito de cobranças ao presidente João Paulo Silva.
Os líderes da oposição vão se reunir com cerca de 40 conselheiros para, no primeiro momento, manter o diálogo com a diretoria executiva. No entanto, uma ala mais radical já pede a renúncia do Presidente.
O Blog apurou que boa parte dos conselheiros acredita que é possível reestruturar o clube com as mudanças exigidas na “Carta Aberta”: ruptura com dirigentes do grupo político anterior, liderados por Robinson de Castro, e a nomeação de pessoas da oposição em cargos e diretorias estratégicas para oxigenar o clube, além de profundas mudanças na organização e administração do Ceará em todos os departamentos.
No entanto, se não houver uma sinalização do Presidente João Paulo Silva para conversar e executar as mudanças, é provável que a oposição suba o tom e procure outras formas para que a oxigenação no clube seja realizada “custe o que custar”.