
O sucesso está de volta. Quem acompanhava o Blog há 5 anos, deve ter curtido bastante essa ideia que tive na época. O objetivo sempre foi perceber algo que as câmeras e os torcedores (no estádio) não viam.
Agora, sem público nos estádios, os detalhes ficam ainda mais interessantes de contar e principalmente de ler. Espero que vocês curtam.
– O árbitro Luciano Miranda chamava os jogadores de abençoado. Em um lance de falta para o Ferroviário, o atacante Rick, do Ceará, estava na barreira e muito próximo da bola, Luciano gritou: “Ô abençoado, mais pra trás, mais pra trás… Isso, tá bom aí, abençoado”.
– Praticamente todos os diretores de todos os departamentos dos dois clubes estavam nas arquibancadas acompanhando a partida. O Presidente do Ceará, Robinson de Castro, estava ao lado de um dos filhos, enquanto o Presidente do Ferroviário, Newton Filho, estava ao lado de dirigentes.
– O arco do Campeonato, que serve de enfeite para as fotos dos jogadores e trio de arbitragem, quase causa uma tragédia. Um dos responsáveis estava à frente do objeto, quando um vento muito forte derrubou o arco e caiu na frente do rapaz. O susto do ajudante e de quem viu foi enorme. Logo em seguida pregaram a moldura no chão com cordas e ferros.
– Ao terminar o aquecimento, antes da partida, vários jogadores do Ferroviário passaram pelo fotógrafo Xandy Rodrigues e o cumprimentaram.
– Aliás, os fotógrafos Pedro Chaves, da FCF, Kid Júnior, do SVM, e o próprio Xandy, foram surpreendidos pelo sistema de irrigação do gramado do Estádio Franzé Morais e por pouco não tomam um banho. Precisaram sair do local onde estavam para os jatos d’água não o encontrarem.
– A oração do jogadores do Ceará foi feita com tanta vibração, que era possível mesmo de longe, ouvir os atletas rezando o Pai Nosso antes de irem para o campo.
– O primeiro jogador a pisar no gramado foi justamente o artilheiro do jogo: Wendson, do Ferroviário.
– No Ceará, o primeiro a entrar foi o treinador Guto Ferreira. No entanto, o comandante alvinegro voltou e esperou os jogadores se reunirem na borda do gramado para aí sim entrarem em campo.
– Principal jogador do Ceará, o meia Vina acompanhou a partida das arquibancadas ao lado do auxiliar-técnico Daniel Azambuja. O camisa 29 alvinegro ficou de máscara o tempo todo, só tirava para beber água, e ainda estava com um vidrinho de álcool, que de vez em quando usava para limpar as mãos. Durante a parada para a hidratação do 1º tempo, Vina foi conferir o Instagram e responder algumas mensagens.

– Os treinadores Guto Ferreira e Francisco Diá sofreram com o calor no 1º Tempo. Boa parte da primeira etapa, ambos assistiram ao jogo com as mãos no rosto evitando a luz do sol, que estava de frente para eles. Guto, depois, pegou um boné. Já Diá seguiu firme com o braço.
– Havia 22 pessoas (eu contei) em cima do muro acompanhando a partida, mesmo com o sol escaldante do 1º tempo. Depois, alguns perceberam o portão entre aberto e acompanharam a partida do lado.
– O Ceará “batizou” o jogador Willian Oliveira, novo reforço que veio da Chapecoense, de Oliveira, para não haver confusão com o outro volante do elenco homônimo, William Oliveira. Só que os jogadores dentro de campo não aplicavam essa regra e só chamavam o jogador de Willian.
– A partida foi realizada na casa do Ceará. A Cidade Vozão é a sede das categorias de base do clube. Porém, o mando da partida foi do Ferroviário. E o Peixe seguiu a risca o protocolo. Tanto que o clube coral fez questão de expor 4 bandeiras com o escudo do clube nos dois lados das duas traves.
– O treinador do Ferroviário, Francisco Diá, ficou em pé praticamente todo o jogo. A única pausa foi logo após o primeiro gol da equipe. Diá sentou no banco, mas não demorou um minuto e logo ficou em pé novamente.
– Daniel Azambuja estava com um Rádio e uma vez ou outra falava com alguém passando instruções. Aliás, o auxiliar técnico do Ceará sempre que podia tentava gritar e passar orientação a algum jogador do Ceará que estava no setor próximo à arquibancada.
– O Ceará usou a camisa sem os patrocínios da CocoBambu, Pague Menos e Alubar. Além de não exibir nenhuma marca na parte nobre, onde fica o patrocinador máster, geralmente ali, se mostrava o programa de sócio do clube.
– Em determinado momento, um jogador do Ferroviário caiu no chão reclamando de dores e o árbitro parou a partida, Guto não se conteve e gritou. “Vai parar o jogo de novo?”. O árbitro explicou que o atleta precisava de atendimento, mas Guto não deixou barato. “Pois é melhor tirar ele do jogo”.
– Em um lance mais forte entre Wallace Rato e Rick, os dois começaram a se estranhar. O árbitro gritou e chamou os dois. O Presidente Robinson de Castro falou: “Dá um cartão para os dois e continua a partida”.
– O Atacante Jael fez um gol no primeiro tempo, mas o árbitro marcou falta do atacante alvinegro. O presidente Robinson de Castro perguntou o que o árbitro marcou. Enquanto o executivo de futebol, Jorge Macêdo, gritou alto e forte dizendo que não foi nada. Que foi gol legal.
– Várias pessoas ligadas aos dois clubes, membros do estafe das duas delegações ficaram com máscaras no queixo, desrespeitando o protocolo e usando de maneira errada o objeto de proteção.
– O goleiro Jonathan do Ferroviário foi o primeiro a voltar do intervalo. Enquanto João Ricardo foi o primeiro do lado do Ceará. Guto Ferreira chegou logo em seguida, sozinho. Já Francisco Diá retornou para o segundo tempo ao lado dos jogadores.
– Aliás, o treinador do Ceará conversou por um bom tempo com o trio de arbitragem, antes de começar a etapa final. O assistente Renan Aguiar foi o que mais falou com Guto.
– O zagueiro Jordan, apesar da pouca idade e da expulsão, era, ao lado do goleiro João Ricardo, o que mais gritava durante a partida pelo lado do Ceará. Sempre tentando orientar o sistema defensivo e pedindo para os companheiros avançarem na marcação.
– Com 2min de bola rolando no segundo tempo, Francisco Diá já havia pedido para os jogadores do banco de reservas irem para o aquecimento. Guto fez o mesmo dois minutos depois.
– Vina celebrou bastante e abriu um largo sorriso ao ver o pupilo Jacaré fazer o gol. Na terça-feira, 09, o astro alvinegro fez uma postagem em seu perfil no Instagram saudando e incentivando o jovem Vítor Jacaré.
– Assim que o Ceará empatou a partida, Guto chamou logo o atacante Wesley e comemorou com um aperto de mão com o médico do clube, Dr. Joaquim Garcia Filho.
– Por sinal, vários jogadores chamavam Wesley pelo nome, enquanto outros, pelo apelido: Pimbinha.
– Ao sair de campo aos 20 minutos do 2º Tempo, o atacante Jael, que estreou com a camisa do Ceará, fez questão de falar com todos que estavam no banco de reservas, membros da comissão técnica e jogadores.
– O Zagueiro Yuri, do Ferroviário, que deixou o campo ainda no primeiro tempo lesionado, orientava o time da arquibancada, o jovem Wendson chegou a falar com ele do campo lamentando alguns erros da equipe.
– Aliás, os gritos do zagueiro Yuri causaram irritação no meia Vina e no auxiliar Daniel Azambuja. “Você não fazia isso quando estava dentro de campo e que fazer agora? Para de gritar”, disse Vina, seguido por Azambuja. Yuri, contudo, retrucou e disse que iria continuar. Os alvinegros se levantaram e gritaram. “Você não está em qualquer lugar, não. Baixa essa bola. Baixa essa bola. Devia ter feito isso lá no campo. Aqui não tem torcida”, disse Azambuja.
– Ao perceber que o zagueiro Jordan seria expulso, Luiz Otávio foi argumentar com o árbitro que ele próprio era o último homem e não precisava mostrar o vermelho para o companheiro. Luciano Miranda, no entanto, foi mais incisivo: “Ele já tem amarelo, a falta é para amarelo. Se fosse o último homem seria vermelho direto”.
– O gol da vitória do Ferroviário causou um verdadeiro alvoroço em todos que estavam nas arquibancadas. Do segurança ao presidente, todos celebraram de maneira entusiasmada e eufórica. E parecia até que havia torcida presente (se é que deu pra entender a comparação).
– Com o fim da partida, Guto saiu de campo sozinho sem falar com ninguém. O atacante Saulo foi conversar com a arbitragem. O policiamento não demorou muito e chegou perto do árbitro. Enquanto o volante Fernando Sobral ficou conversando com o meia Diego Viana. Já Francisco Diá fez questão de cumprimentar o zagueiro Luiz Otávio.
– O último a sair de campo foi o jovem atacante Rick. Ele precisou da ajuda de membros da comissão médica para se levantar e saiu mancando do gramado.
📸 Mário Kempes/Blog do Kempes
Parabéns pelo blog , eu recomendo, que aqui o futebol é visto em alto nível, dizer que por mais que nossa gente goste do nosso manjadim, ainda é muito desorganizado esse vacilo do Caucaia, colocar o jogador pra jogar, isso é coisa de amador.
Massa Kemps!
Parabéns 👏 pelo trabalho grande irmos. É assim que se faz. Um baile. Caba bom.