– Ainda no aquecimento antes do início da partida, o lateral-direito do CSA, Cristovam, que passou pelo Ceará, em 2019, fez questão de ir conversar com os funcionários do clube alvinegro no banco de reservas.

– Enquanto pelo lado do Ceará, ainda durante o aquecimento, o auxiliar-técnico, Daniel Azambuja, foi dar um forte abraço num dos massagistas da equipe alagonana.

– Apenas fotógrafos permaneceram trabalhando no setor Premium. O restante dos profissionais de imprensa (repórteres, cinegrafistas, radialistas, jornalistas etc) acompanharam a partida do segundo andar, num dos setores destinados a camarotes.

– Os meias Marlon e Felipe Silva (Baxola) foram os únicos jogadores reservas do Ceará que acompanharam a partida sentados em uma cadeira ao lado do banco de suplentes. O treinador de goleiros Everaldo também ficou numa cadeira ao lado dos dois atletas.

– Quem também preferiu ver o jogo sentado numa cadeira foi o auxiliar-técnico do Ceará, Alexandre Faganello. Mas à esquerda do banco de reservas. Outro que apareceu minutos depois com uma cadeira e sentou próximo de Faganello foi o médico do Ceará, Joaquim Garcia Filho.

– O zagueiro Messias, estreante da noite, foi o único jogador a atuar com a camisa por dentro do calção. No melhor estilo boleiro raiz. Mas na etapa final, soltou a vestimenta e retornou ao mundo contemporâneo.

– Com 17 minutos de bola rolando, o CSA já havia feito duas substituições e o atacante Rodrigo Pimpão havia trocado a chuteiras. Ele foi o único a mudar os calçados durante a etapa inicial.

– Com o choque entre o atacante Steven Mendonza e o goleiro Thiago Rodrigues, a partida ficou paralisada por alguns minutos. Todos os jogadores do Ceará foram até a área técnica falar com o treinador Guto Ferreira ou beber um copo de água. Menos o zagueiro Messias e o goleiro Richard.

– O treinador do CSA, Mozart, acompanhou a partida vestido com um colete amarelo. Ao ver um erro de passe ou de lançamento dos seus jogadores, se virava para o banco e comentava algo. Em outros momentos, juntava as palmas das mãos (como se fosse rezar) e lamentava os equívocos da equipe.

– O primeiro cartão amarelo da partida saiu com cerca de 15 minutos para o meia-atacante Marco Túlio, do CSA, por um entrada forte no adversário alvinegro. Lá de trás, o colega Rodolfo abriu os braços e gritou: “Pô, Professor! Foi a primeira dele. Já vai começar?”

– Aliás, o zagueiro Rodolfo protagonizou uma cena bem interessante na segunda etapa, quando o placar ainda estava 1×0. Com o goleiro Richard precisando de atendimento, Guto Ferreira reuniu alguns jogadores do Ceará na área técnica para orientar o posicionamento. O defensor do CSA chegou de mansinho, pegou uma água do atacante Saulo e ficou ouvindo a conversa. Quanto mais os jogadores e o treinador do Ceará falavam, mais ele prestava atenção, depois soltou uma risada e agradeceu aos alvinegros pela água.

– Na hora do belo gol do atacante Steven Mendonza, o zagueiro Luiz Otávio se ajoelhou e levantou os braços apontando as mãos para o céu. Enquanto Guto Ferreira vibrou bastante e cumprimentou os integrantes da comissão técnica, depois gritou pelo colombiano, levantou os dedos polegares direcionados ao jogador. Steven retribuiu com o sinal de positivo.

– O volante Oliveira foi o líder do time alvinegro dentro de campo. Orientou os companheiros, pediu calma, incentivou a todos, bateu palmas… Em vários lances, insistiu para a turma da frente fazer a marcação. Num determinando momento, gritou para Vina sair lá da frente e marcar atrás. O camisa 29, contudo, gritou: “eu já tô aqui marcando, caralho!” Depois, com a partida em andamento, mas parada, ambos conversaram por alguns instantes. Vina explicando com os dedos o posicionamento de alguém, Oliveira respondeu, mas Vina voltou a mostrar o posicionamento com os dedos.

– Por sinal, caralho e porra são, sem dúvida alguma, os dois palavrões mais gritados por todos os jogadores e comissões técnicas numa partida.

– Em uma disputa de bola do outro lado do campo entre jogadores dos dois times, ambos precisaram de atendimento. A equipe médica de Ceará e CSA foi até lá e para voltar ao banco de reservas deram a volta ao campo caminhando e conversando numa relação bastante harmônica. Aliás, Doutor Joaquim Garcia Filho usou luvas pretas.

– O meia Vina novamente não repetiu as atuações, que encantaram a todos em 2020. E deu pra perceber claramente que a estrela do time alvinegro não ficou satisfeita com o próprio rendimento. A cada erro cometido, ele balançava a cabeça negativamente. Na etapa final, quando ficou livre para fazer o gol e chutou para fora, Vina baixou a cabeça, fez o sinal da cruz, olhou pra cima e meio que perguntou se a noite seria sem balançar as redes.

– Aliás, o Camisa 29 do Ceará foi algumas vezes ao banco conversar com o treinador Guto Ferreira e com o auxiliar Alexandre Faganello. Falava sobre o posicionamento da equipe a marcação do CSA. Em determinando momento, Faganello gritou para Vina seguir no meio entre os zagueiros, e o meia respondeu que já estava fazendo isso. Quando percebeu que Vizeu e Erick já estavam conversando com Guto e entrariam em campo, Vina gesticulou e falou como se pudesse ficar mais tempo. Ao sair, cumprimentou os atletas, sentou no banco e tirou as chuteiras.

– No cantinho superior da área técnica, onde os dois treinadores geralmente ficam e acompanham a partida, havia vários copos de água colocados estrategicamente. Cada vez que um jogador ia pegar, tinha de ouvir o técnico orientando alguma coisa.

– O Presidente do Ceará, Robinson de Castro, que antes da partida recebeu uma placa da Copa do Nordeste, sobre a primeira transmissão de um jogo de futebol pelo aplicativo Tik Tok, acompanhou o jogo sentado ao lado do filho no setor Premium.

– A arbitragem é um capítulo a parte. Impressiona como os jogadores em campo, a turma no banco de reservas e os que ficam no setor Premium gritam e reclamam com qualquer tipo de marcação feita pelo juiz. Desde um lateral até um suposto pênalti. Por sinal, num determinado lance no segundo tempo, ao ouvir os gritos desesperados dos jogadores do CSA, o árbitro baiano Marielson Silva se virou e caminho em direção, parou e gritou: “Deixa eu fazer meu jogo, deixa eu fazer meu jogo. Vocês não sabem apitar.”

– No intervalo, os jogadores reservas das duas equipes não foram para os vestiários. Ficaram no campo de jogo batendo bola.

– Quando o CSA voltou para o segundo tempo, Mozart foi com os jogadores até o campo, reuniu a equipe, fez uma roda e conversou com o grupo.

– Com apenas 3 minutos de segundo tempo, os reservas do Ceará foram para o aquecimento. Os do CSA forma com seis minutos.

– O Vovô, mascote do Ceará, acompanhou a partida sempre do lado das cadeiras inferiores em que o time alvinegro atacava. No 1º tempo, atrás da trave esquerda, na etapa final, no lado oposto. Em um momento do jogo, após uma chance desperdiçada da equipe, quando houve um raro silêncio no estádio, ele gritou: “vaaaaaamo”.

– No segundo tempo, o árbitro marcou uma falta de ataque do Clebão, após sinalização do bandeira. Passou uns segundinhos, o camisa 89 do Ceará foi conversar com o assistente e reclamou da marcação: “Ele tava me puxando. (O assistente falou algo e Cleber respondeu), mas eu tava de frente como eu ira empurrar, porra, caralho”.

– No momento da entrada do lateral Eduardo, do Ceará, o também lateral Gabriel Dias, que saiu, olhou para o Faganello e gesticulou e meio que dizendo que ainda dava pra aguentar, mas o auxiliar pediu pra ele sair. Gabriel deixou o campo de boa e fez questão de cumprimentar Guto e Faganello.

– No segundo gol do Ceará, marcado por Felipe Vizeu, praticamente todos que estavam no banco de reservas se levantaram para comemorar. Depois voltaram para os seus respectivos lugares, menos Felipe Silva, Saulo e Gabriel, que esperaram por Vizeu passar pela linha lateral para cumprimentar o atacante.

– Já perto do final da partida, houve um princípio de tumulto entre jogadores e até membros da comissão técnica dos dois times em uma falta na lateral entre a área técnica do Ceará e a bandeirinha de escanteio. A turma do deixa disso chegou logo e evitou uma confusão maior. O auxiliar do Mozart foi expulso. Quando os ânimos se acalmaram, o atacante Silvinho passou pelo técnico Guto Ferreira, que fez um gesto de positivo com os dois polegares, que também foi retribuído pelo atleta.

– Aliás, Silvinho quase se estranha com o lateral Eduardo. O jogador do Ceará reclamou com o jogador e depois falou para o árbitro que havia levado uma cotovelada no queixo. O juiz passou por ele e disse que foi sem querer. Depois, os dois atletas se cumprimentaram e após a partida ficaram no campo de jogo conversando em plena harmonia.

– No primeiro tempo, houve muitas paralisações, e o árbitro deu 8 minutos de acréscimos. Na etapa final da mesma forma, mas só que na hora de levantar a placa para informar o tempo, apareceu 0, alguém gritou: “zero?”. O árbitro reserva rapidamente corrigiu o equívoco e colocou o número 8.

– A equipe de saúde da Unimed começou vendo a partida das cadeiras, mas depois foi para a ambulância e viu a partida de lá.

– Ao ver o árbitro apitar o fim do jogo, o volante Oliveira, se ajoelhou, levantou as mãos para o céu, depois baixou a cabeça até o chão, e em seguida se levantou.

– Com o fim do jogo, o zagueiro Klauss, do Ceará, se encontrou com um gandula pediu um pouco de álcool e lavou as mãos. Vale lembrar que todo gandula fica com um garrafa (de spray) de álcool e um pano para limpar a bola e devolver aos jogadores.

– Clima de total harmonia dentro de campo, após o final da partida. Funcionários, jogadores e membros da comissão técnica dos dois clubes. Parecia até que todos jogavam no mesmo time. O zagueiro Lucão, do CSA, que havia entrado para os vestiários, voltou só para falar com o volante Oliveira.

– Vina, Messias, Cleber, Saulo e charles atenderam um pedido do fotógrafo Xandy Rodrigues para tirarem uma foto juntos após o fim da partida.

– Os atletas do Ceará, que não atuaram os 90 minutos, ficaram no campo mesmo depois do fim da partida fazendo um trabalho físico.

📸 Kelly Pereira/AGIF
📸 Mário Kempes
📸 Israel Simonton

PS: Faço questão de agradecer ao administrador da Arena Castelão, Eduardo Santos, que foi até o setor de imprensa atender ao meu pedido de disponibilizar álcool em gel, abrir mais espaço no local para evitar aglomeração entre os profissionais e explicar o motivo de os cinegrafistas não ficarem na parte central. Há uma goteira no teto do Castelão, que a administração está tentando consertar e e cai justamente no local, assim queria evitar que ninguém ficasse molhado, caso voltasse a chover. Meu mais sincero agradecimento a ele e a equipe da Arena.