Antes de a bola rolar, o volante do Fortaleza, Matheus Jussa, foi o único a cumprimentar o árbitro da partida.

O técnico Enderson Moreira só tirou a máscara, quando começou a partida. Até para dar a entrevista pré-jogo, o treinador do Fortaleza usou a proteção. Diferentemente do seu colega do Bahia. Dado Cavalcanti utilizou a máscara em nenhum momento.

Diferentemente da partida anterior, que aconteceu à tarde, os jogadores reservas, tanto de Fortaleza, quanto do Bahia puderam ficar sentados em cadeiras ao lado do banco de reservas. Não apareceu ninguém para retirá-los.

Em um lance no meio de campo, Matheus Jussa foi interromper um contra-ataque do Bahia e chutou a bola com tanta força, que ela foi parar no setor de camarote onde fica a turma da imprensa. Eu aproveitei para pegar e tirar uma foto.

No lance do lateral Carlinhos, do Fortaleza, em que ele bate o braço na cabeça do lateral Nino Paraíba, do Bahia, após uma subida de bola, vários jogadores reservas do time cearense foram até o 4º árbitro pressionar e dizer que não havia motivo de expulsar o companheiro.

O gol antológico, que Wellington Paulista quase marca, ao chutar do meio de campo, arrancou muitas palmas e vibrações de todos, que estavam no setor Premium.

O zagueiro Marcelo Benevenuto era um dos mais ativos na partida, principalmente em cobrar da arbitragem. Em um lance que o árbitro não deu falta clara no atacante Robson, o defensor tricolor saiu do campo de defesa para ir falar com o juiz sobre a infração não marcada.

O técnico Enderson Moreira estava muito nervoso. Em vários erros (bobos) de passe ou lançamento da equipe, ele levantava os braços para cima, colocava as mãos na cabeça, socava o ar e se virava para banco gritando. Antes dos 30 minutos, em um erro de Wellington Paulista, ele ficou transtornado. O curioso é que depois de extravasar, ele batia palma incentivando o time e gritava: “Vamo Vamo Vamo”.

Em uma falta não marcada a favor do Fortaleza, Enderson e Matheus Vargas, ambos na área técnica, reclamaram bastante, o árbitro falou: “Enderson… Enderson… (e fazia gesto com a mão pra ele se acalmar)”. Já ao meia tricolor: “Parou! Tá bom? Parou!”

Na primeira parada mais demorada para atendimento, Carlinhos e Matheus Jussa foram até o banco de reservas para beberem água e receberem orientação de Enderson e do auxiliar Luís Fernando Flores.

Em uma falta quase no meio de campo, o goleiro Felipe Alves foi até o local para reclamar da arbitragem e bater a cobrança. Mas o lateral Tinga, do outro lado, gritou: “Volta, Felipe. Volta! Deixa aí”!

Em um lance de ataque do Bahia, o assistente levantou a bandeira, mas o árbitro de costas não ouviu, a turma no setor Premium começou a gritar, foi aí que o juiz viu e marcou a infração da equipe baiana.

O lateral Tinga, o zagueiro Quintero e o auxiliar Luís Fernando foram conversar com o árbitro, assim que ele terminou o 1º tempo. Na saída de campo, Quintero foi conversando com o goleiro Felipe Alves.

No intervalo, os reservas do Fortaleza ficaram brincando no campo de roda de bobo, mas diferentemente de outras partidas, dessa vez, passaram pouco tempo e depois foram para os vestiários.

Aliás, Bruno Melo antes de entrar para o segundo tempo, deixou os vestiários e ficou na área técnica se aquecendo. No retorno da equipe, o lateral Tinga foi o último a voltar para o campo. Geralmente ele é um dos primeiros.

Outro momento raro foi Enderson Moreira sentar no banco de reservas. Isso aconteceu aos 10 minutos do segundo tempo. Ele passa o jogo todo em pé ou acocado na área técnica.

O goleiro Marcelo Boeck era o único entre os reservas que parava o aquecimento para acompanhar a partida. Os suplentes ficam sempre trás das placas de publicidade durante o segundo tempo. Em alguns momentos, ele ficou uns 3 minutos vendo o jogo em pé encostado numa placa. Depois voltou às atividades.

Na parada para atendimento do goleiro do Bahia, Matheus Teixeira, o lateral Tinga, que se preparava para bater um lateral, ficou fora de campo conversando o tempo todo com o auxiliar Luís Fernando.

Em um raro momento de silêncio na partida, após uma falta cometida pelo Bahia, deu para escutar um grito abafado: “Cadê ô cartão?”. Foi o mascote Juba, lá das arquibancadas. Ele estava acompanhado da mascote Stella.

Em uma falta para o Fortaleza , mais próxima da área do Bahia, se criou um clima de que poderia sair o gol. Tanto que Boeck, Pikachu e Daniel Guedes foram para de trás da trave para acompanhar melhor o lance. Não deu em nada. A falta cobrada pelo volante Éderson foi pra fora.

O volante Patrick, do Bahia, não gostou de uma palavra do técnico Enderson Moreira e ficou discutindo com o técnico do Fortaleza. O meia Rodriguinho também tomou as dores e ficou debatendo. Precisou a turma do “deixa disso” intervir para acalmar os ânimos dos baianos e também do comandante tricolor, que estava visivelmente nervoso.

Nas cobranças de pênaltis, as duas equipes ficaram abraçadas, separadas obviamente, no meio de campo. Todos de pé. Depois, somente o lateral Bruno Melo e o lateral Nino Paraíba ficaram de joelhos.

Após Bruno Melo desperdiçar a cobrança apenas o lateral Tinga deixou o grupo tricolor para cumprimentar e consolar o atleta tricolor. Tinga também fez o mesmo com o atacante Robson, o outro jogador a perder o pênalti, mas dessa vez, ele foi consolar ao lado do meia Lucas Crispim.

Após o fim das cobranças de pênaltis, o técnico Enderson Moreira estava saindo de campo, entrando no túnel de acesso aos vestiários, quando voltou rapidamente para cumprimentar os jogadores. O clima, naturalmente, era de tristeza.

De acordo com o borderô da partida, o Fortaleza teve um prejuízo de R$ 10.982,00

📸 Lucas Figueiredo/CBF

📸 Mário Kempes

🎥 Mário Kempes