
Nunca antes na história do Campeonato Brasileiro na era dos pontos corridos, um time do Nordeste havia chegado a 12ª Rodada com 24 pontos. A campanha do Fortaleza é digna de aplausos e a cada rodada vai derrubando marcas, encantando a mídia e fazendo muito tricolor sonhar com o impossível.
A vitória em pleno Morumbi, em cima do badalado São Paulo, do técnico Hernan Crespo, foi a primeira do Fortaleza em seus 103 anos de história. E não foi um simples triunfo. Foi jogando bola mesmo. Em cima, pra frente, como o técnico Juan Pablo Vojvoda deseja.
É bom ressaltar que há bem pouco tempo, jogar no Maracanã, Morumbi, Beira-Rio, Mineirão, tinha um esquema já padrão: “ficar lá atrás para arriscar um contra-ataque e se fizer um gol, na bola parada, segurar até o final. Empate é como uma vitória”. Esse estilo acabou, pelo menos para esse Fortaleza de Vojvoda.
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As vitórias contra Atlético/MG e São Paulo, o empate contra o Grêmio e até a derrota para o Flamengo comprovam que o time tricolor é muito, mas muito diferente do que qualquer outro que já tenha atuado diante desses gigantes fora de casa. A busca pelo gol é incessante e a vitória é o objetivo principal.
Contra o Tricolor Paulista, o Fortaleza mostrou mais uma vez um poder de marcação forte, com uma defesa segura. Impressiona o quanto estão jogando Titi, Tinga e Benevenuto. Se não bastasse, o volante Éderson é um gigante. Está em todos os cantos, onipresente.
O poder ofensivo com um meio-campo ágil e de transição rápida passa pelos alas Pikachu e Crispim que se completam com Vargas (que pode não ser um meia à moda antiga, mas sabe preencher os espaços e ajuda os companheiros). Pra fechar, David e Robson estão numa fase incrível. Sejam com assistências, gols ou dribles.
O Fortaleza encanta, faz história e já deixa o torcedor tricolor sonhando com algo grande. Claro que ainda é cedo, claro que ainda faltam mais de 25 rodadas, mas como diz o samba-enredo da Mocidade: ‘Sonhar, não custa nada e meu sonho é tão real”.
📸 Leonardo Moreira/FortalezaEC