A vitória por 1×0, com golaço de Jael, de pênalti, contra o pior time do Campeonato Brasileiro, precisava acontecer custe o que custar. Já eram 6 jogos sem triunfar e a zona de rebaixamento já estava encostando.

Por outro lado, não são esses 3 pontos que vão esconder os problemas de uma equipe, que atuou com um atleta a mais por boa parte do 2º tempo. Foram 24 finalizações (12 dentro da área), 11 pra fora do gol, 8 na meta e 5 travadas.

Kelvyn, Fernando Sobral, Vina, Erick, Cléber… Para ficar apenas nesses, criaram chances para até golear a Chapecoense e mostraram que é o setor ofensivo, onde o técnico Tiago Nunes vai ter mais trabalho para calibrar o pé dos jogadores alvinegros e colocar em prática a tão sonhada metodologia de jogar pra frente.

Além disso, é preciso ressaltar que a Chapecoense é muito fraca e não é à toa, que já está virtualmente rebaixada. Talvez, por isso, foi preocupante ver o Ceará levar pelo menos 4 grandes sustos desnecessários (com uma bola na trave e ainda com Luiz Otávio e Richard evitando um gol certo).

Em compensação o triunfo, mesmo que magro, serve para dar confiança ao elenco. Depois de 6 jogos sem vencer, o Ceará está a 2 sem perder e a 2 sem levar gols. Creio que nesse momento é um (entre vários) dos fatores que podem fazer com que o time embale na competição e possa voltar a brigar por vaga nas competições internacionais.

Aliás, outro ponto que tem de se destacar, é que o elenco tem raça e determinação. Aquela conversa de que o time não tinha alma ou força para reagir, creio que, pelo menos neste sábado, foi bem diferente de posturas anteriores em jogos enfadonhos e bem abaixo do padrão.

Sem jogos no meio de semana, Tiago Nunes, que venceu a primeira no comando técnico alvinegro, tem mais 5 dias livres para continuar com as intensas atividades até o duelo contra o Bahia, sábado que vem, às 19h, na Fonte Nova (com transmissão da TNT e do Premiere).

📸Stephan Eilert/CearaSC