
Na partida Chapecoense 1×2 Fortaleza, na Arena Condá, no sábado passado, antes do 2º gol da equipe cearense, um jogador do time catarinense havia cortado a bola com o braço, num lance claro de pênalti. O árbitro não viu e mandou seguir o lance. No contra-ataque, os donos da casa fizeram o gol da virada.
O VAR informou ao árbitro do jogo sobre o lance anterior dentro da área. O juiz reviu a infração, anulou o gol da Chapecoense e marcou o pênalti para o Fortaleza. O time tricolor saiu de uma derrota certa para uma vitória suada e merecida.
Talvez, esse seja o episódio que deveria ser exemplo e enaltecido por todos de que o árbitro de vídeo fez justiça e impediu que uma equipe ganhasse de forma desleal ou cometendo uma irregularidade.
No entanto, nem sempre é assim. Nesta mesma rodada do Brasileirão, aconteceram episódios que inflamaram diversos times, por coincidência os dois primeiros colocados, Atlético/MG, e Flamengo, bradaram com muita ênfase o poder de justiça do VAR.
No caso do Galo, o pênalti cometido pelo defensor do Atlético/GO, foi muito semelhante ao do cometido pelo zagueiro da Chapecoense contra o Fortaleza, só que em Goiânia, foi revisado pelo VAR e nada de pênalti marcado. Já no episódio Rubro-Negro, o gol de Michael foi anulado por um impedimento do lateral Matheuzinho. Sem contar que os cariocas alegam que Vitinho sofreu uma agressão clara pelo defensor do Dourado, dentro da área, mas não foi visto por ninguém.
O Ceará também lamentou a postura da arbitragem, que não viu um pênalti no meia Vina. Aí, o lance prosseguiu e no contra-ataque a bola bateu no “tríceps” do atacante do Red Bull, que marcou o 2º gol da equipe paulista. O tento foi validado sem ter havido nenhuma infração.
Nos 3 casos, para atleticanos, flamenguistas e cearenses, até agora, não houve qualquer informação a respeito do diálogo e do critério adotado para VAR e árbitro de campo não terem adotado determinados critérios.
Há 2 meses, conversei com o Presidente do Ceará, Robinson de Castro, sobre qual era a avaliação dele sobre a arbitragem no Brasileirão: “Eu não comento mais. Não existe critério. Eu já desisti. Tentei falar com o (Leonardo) Gaciba, mas é em vão. Não adianta. Eles não erram“, me disse o mandatário alvinegro.
Faltando menos de 2 meses para o fim do Campeonato, cerca de 14, 13, 12 ou 11 rodadas (dependendo do time), é injustificável o que aconteceu neste final de semana e que já havia sido repetido em outras jornadas da competição.
Ninguém nega que o Árbitro de Vídeo chegou e não sairá mais do futebol. Há bem mais acertos do que erros. Porém, se não houver transparência e principalmente unificação de critérios, os pequenos erros podem se transformar numa enorme injustiça e macular uma partida e até um campeonato.
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