
Nem o mais pessimista torcedor tricolor e nem o mais otimista alvinegro poderia imaginar uma goleada tão avassaladora. O Ceará pareceu entrar em campo para jogar uma decisão de Libertadores, enquanto Fortaleza parecia estar pensando na competição continental.
Em uma noite perfeita para os comandados de Tiago Nunes, o Ceará não deu chances para o Fortaleza. Foi 4×0, mas poderia ter sido mais se Mendoza e Yony não tivessem perdidos 2 gols incríveis. Para completar, o astro do time, Vina, brilhou como em 2020. Liderança em campo, jogando bem e ainda marcando 2 gols.
Ao Fortaleza, as falhas defensivas foram cruciais para o time de Juan Pablo Vojvoda se desmanchar em campo. Uma defesa inconfiável, um meio-campo sem criatividade e um ataque inoperante mostraram um Leão totalmente fora de sintonia da equipe que encantou a todos no 1º turno do Brasileirão.
Ao Vozão, a estratégia de Tiago Nunes de explorar o erro do adversário deu certo logo no início com o gol de Lima, após vacilo de Éderson e Boeck. Depois, foi saber explorar o contra-ataque. Mesmo quando recuou e o Tricolor se equilibrou, os alvinegros estavam mais próximos de ampliar do que de sofrer.

Aí, nos acréscimos da 1ª etapa, num contra-ataque implacável, Vina deixou sua marca e o Ceará foi para o vestiário com 2×0 no placar e a certeza de que precisava se o Fortaleza não melhorasse poderia levar uma goleada histórica.
E foi o que aconteceu. A segunda etapa começou movimentada com os 2 times se alternando nas finalizações, mas o Ceará muito mais próximo do gol. Mendonza perdeu um incrível. Já Éderson e Wellington Paulista tiveram a chance de diminuírem para o Tricolor.
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Como quem não faz, leva. Vina novamente fez mais um, o 3º do Ceará, aos 40min e matava qualquer chance de reação do rival. Pra completar, o que até pouco tempo atrás poderia ser uma piada estranha de se ouvir para os alvinegros, o 4º gol nasceu de uma assistência de Mendonza para Yony eternizar o Clássico-Rei como inesquecível e histórico.
📸Felipe Santos/CearáSC
📸Kely Pereira/AGIF/CBF