O 1º Clássico-Rei da temporada teve praticamente de tudo: frango do goleiro, defesaças, expulsões, belo gol, confusão e tensão. No final, o empate por 1×1 na Arena Castelão, pode ser bem mais comemorado pelo lado alvinegro. Afinal, João Ricardo foi o nome da partida. Os tricolores não conseguiram superar o goleiro rival.

Embalado por 2 vitórias convincentes, com praticamente todo o elenco à disposição, o Fortaleza entrou em campo com o que tinha de melhor. Enquanto o Ceará sofreu a semana passada com um surto de covid, teve pouco tempo para recuperar os atletas e não pôde contar com Messias, Bruno Pacheco e Fernando Sobral.

O time tricolor teve uma grande chance com Igor Torres, em uma defesaça de João Ricado, mas em seguida, o baque foi enorme com o frango de Fernando Miguel, aos 15min, após um cruzamento de Mendoza, que não encontrou Vina, mas viu o goleiro leonino falhar feio.

Com 1×0 no marcador, os alvinegros montaram uma boa estratégia de contenção, se defendiam bem e não davam espaço para a famosa intensidade do rival, que claramente sentia dificuldades em tocar a bola ou sair com uma transição rápida.

As chances, contudo, foram aparecendo para o Fortaleza, mas de forma isolada, sem aquela pressão já conhecida. Pikachu teve a melhor delas, mas de dentro da pequena área chutou em cima de João Ricardo. Aos 36min, em jogada individual de Moisés. O atacante tricolor fintou o defensor e bateu de primeira no canto, sem chances para o goleiro alvinegro.

Na comemoração do empate, o volante Ronald foi provocar a torcida do Ceará, os jogadores alvinegros não gostaram e começou uma confusão generalizada. Os tricolores se defendiam dizendo que no gol de Mendoza, Vina também foi provocar a torcida leonina. Depois de quase 5 minutos de empurra empurra, gritaria, confusão, o árbitro, frouxo, expulsou 2 jogadores do banco: Romarinho, do Fortaleza, e Cléber, do Ceará.

Antes de encerrar o 1º tempo, novamente João Ricardo salvou o Ceará. O zagueiro Tite, quase dentro da pequena tocou no canto, mas o goleiro alvinegro tirou com os pés. O 1×1 não refletiu o que foi a etapa inicial.

Para a segunda etapa, o Clássico caiu um pouco de produção, o Ceará se segurava mais atrás, e depois da entrada do volante Richardson, o time alvinegro conseguiu dar mais consistência no meio e frustrar a intensidade leonina.

Os jogadores do Ceará, claramente já demonstravam cansaço, mas Zé Roberto teve uma única chance, num chute da entrada da área, fraco, mas que passou rente à trave. Com 25 minutos do 2º tempo, Tiago Nunes já havia percebido o cansaço de alguns e por isso tirou Vina e o próprio Zé.

Só que o Fortaleza tinha mais posse de bola, mais domínio territorial e buscava a virada. Moisés carimbou o travessão, após desvio de João Ricardo. O goleiro alvinegro também salvou logo depois em jogada de Matheus Vargas, que quase conseguiu driblá-lo. Na reta final, Valentin Depietri também quase virou o placar, mas foi parado pelo arqueiro alvinegro, que espalmou pra fora.

Mesmo com mais fôlego, mais posse de bola e mais chances criadas, o Fortaleza não conseguiu vencer o Clássico. O Ceará, que chegou com apenas 1 jogo na temporada e desgastado, saiu satisfeito com o resultado.

📸Leonardo Moreira/FortalezaEC
📸Stephan Pedrosa/Copa do Nordeste