
O Fortaleza ganhou o Clássico-Rei por 2×0 montado em um esquema com 3 volantes de ofício (o mesmo que bateu o Flamengo no Maracanã) e com uma forma de atuar e de defender que conseguiu anular o sistema ofensivo do Ceará. Não foi à toa que Lima, Vina e Cléber pouco produziram.
Os tricolores com Felipe, Zé Welison e Ronald jogando à frente dos 2 preencheram os espaços, diminuíram as linhas, marcavam em cima com a ajuda dos alas (Capixaba e Pikachu) e deixaram o Ceará sem saber como penetrar na área.
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Aliás, as duas melhores chances do Vovô foram com os volantes Richard e Richardson em que o goleiro Marcelo Boeck defendeu, ambas no 1º tempo. O Fortaleza teve apenas 1, com Moisés, que João Ricardo espalmou pra fora.
A estratégia montada por Vojvoda impediu o Ceará de tocar a bola e chegar à área tricolor, quando se aproximava, a marcação era firme e o ataque era desfeito. Nino Paraíba, que tem como principal característica a velocidade e o apoio, praticamente não fez nada durante a partida.
O volante Richard, que pisa na área, gosta de atuar como um volante mais avançado, quase um meia, também não jogou bem e pouco produziu, tanto que foi substituído por Fernando Sobral. Assim como Cléber, que saiu para a entrada de Matheus Peixoto. Nem com mais outro atacante em campo, Castilho, o Ceará demonstrava força para assustar a meta de Boeck.
Enquanto isso, o Fortaleza abriu o placar logo no início do 2º tempo com Pikachu em bela trama pela esquerda com Moisés. E administrou o resultado. Esperou um erro do adversário para explorar o contra-ataque e matar a partida.
E diferentemente de outros jogos, quando produzia, produzia e não colocava a bola pra dentro, dessa vez, o Fortaleza acertou o pé e num pênalti sofrido por Pikachu, cobrado pelo próprio Camisa 22, matou o jogo aos 41min.
Fortaleza foi cirúrgico, demonstrou uma raça, um desejo de vencer desde o início e principalmente competente. Não é à toa que venceu e o Ceará sem força e sem alternativas padeceu.