Os protestos e a forte pressão dos torcedores em jogos, com faixas nas ruas e até em outdoors vão abreviar o 3º mandato do Presidente do Ceará, Robinson de Castro.

Ao final desta temporada, com o término do Brasileirão, o mandatário alvinegro deve renunciar ao seu mandato. A informação é do repórter Danilo Queiroz, do Futebolês, perfil de esportes do Sistema Jangadeiro. O Blog tentou contato com Robinson de Castro, mas o celular não foi atendido. Assim que ele responder, coloco aqui a resposta dele.

A crise instalada no clube desde o final do ano passado, quando o Ceará perdeu a final da Copa do Nordeste e do Estadual, foi eliminado pelo rival na Copa do Brasil e desperdiçou em casa a chance de ir a Libertadores se agravaram ainda mais neste ano.

As eliminações nas quartas de final para o modesto Iguatu no Estadual e para o CRB na Copa do Nordeste já havia abalado as estruturas. Novamente na Copa do Brasil o time foi eliminado para o Fortaleza e a desclassificação (também por pênaltis) para o São Paulo na Sul-Americana aumentaram ainda mais a turbulência em Porangabuçu.

O Estopim, contudo, chegou junto com a péssima campanha no Brasileirão. Em 16º lugar, o Ceará não vence há 8 rodadas e só não entrou na zona de rebaixamento por incompetência dos concorrentes, o que lembra muito o que ocorreu em 2019, quando escapou da queda, devido ao Cruzeiro.

Com a possível saída de Robinson é provável que haja novas eleições na diretoria executiva. Assim como já está marcado o pleito para o Conselho Deliberativo.

Considerado por muitos como o maior presidente da história do Ceará, ao lado de Evandro Leitão, Robinson de Castro conquistou 2 estaduais, 1 Copa do Nordeste, 1 Campeonato Brasileiro de Aspirantes, a sequência inédita de 5 anos consecutivos na Série A do Brasileiro e elevou o clube a um padrão financeiro e administrativo jamais visto em mais de 100 anos de história da instituição alvinegra.

Além disso, reformulou e estruturou as categorias de base, onde conseguiu vários títulos estaduais e até um inédito Brasileiro, e revelou jovens promessas, que renderam milhões ao clube como: Felipe Jonatan, Arthur Cabral e Artur Victor. Se não bastasse, ainda contratou jogadores, que chegaram sob desconfiança, mas que renderam outros milhões ao clube como Everson, Richardson, Valdo, Saulo Mineiro, Sandro Manoel.

No entanto, com 2 anos sem ganhar títulos e com o maior rival levantando taças, conquistando vitórias e classificações importantes e ainda disputando a Libertadores, tudo isso, só fez agravar ainda mais a pressão da torcida para cima da diretoria executiva em especial a Robinson de Castro.

Agora, é esperar os próximos capítulos.