Quem está acompanhando a Copa do Mundo já percebeu que o tempo de acréscimo tem chamado a atenção de todos. No jogo Inglaterra 6×2 Irã foram 27 minutos de descontos e se tornou o jogo mais longo da história dos mundiais.

O presidente do Comitê de Arbitragem da Fifa, Pierluigi Collina, explicou que se trata, na verdade, de uma orientação para que os juízes deem o acréscimo que for necessário para refletir os minutos em que as partidas ficaram paralisadas.

“Quando falamos sobre tempo desperdiçado num jogo, temos que diferenciar o tempo desperdiçado por causa do jogo e o tempo desperdiçado deliberadamente pelos atletas. A maior parte costuma ser por causa do jogo”, explicou Collina ao site da Fifa, que completou.

“Em uma partida, temos em média nove minutos desperdiçados durante cobranças de laterais. Eles são parte do jogo, mas o que a gente fez na Rússia, e talvez você se recorde, é calcular de forma mais precisa o tempo a ser compensado ao fim de cada parte. Na Rússia, nós avisamos a todo mundo para não se surpreender se o quarto árbitro levantar a placa eletrônica com um número elevado”.

Nessa sexta-feira, o Irã ganhou do País de Gales por 2×0 com os 2 gols marcados depois do tempo normal. o 1º aos 53 e o 2º aos 56.

“Pense, por exemplo, em uma partida com três gols marcados. A comemoração leva ao redor de um minuto e meio, então você perde em torno de cinco a seis minutos por algo que, naturalmente, é legal de ver. Mas o que queremos fazer é calcular de modo correto o tempo a ser adicionado nos confrontos”, concluiu o árbitro da Final da Copa do Mundo de 2002.