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22º Dia em Doha. Após um merecido e gratificante dia de folga, voltei à labuta e não esperava tanta surpresa. Começou logo pra arrebentar. Um grupo de estudos da Fifa concedeu entrevista coletiva no Virtual Stadium do Centro de Mídia da Fifa.
Entre os ex-jogadores, que fazem parte do grupo, estava presente o alemão Jürgen Klinsmann. Eu até tentei fazer uma pergunta, mas não foi possível. A concorrência era enorme. Aliás, não havia tradução para português. No aplicativo que a Fifa disponibilizou para os jornalistas havia 6 idiomas (árabe, espanhol, alemão, francês, italiano e inglês).
Eu ainda escrevi a indagação em inglês. Deixei no ponto, vai que me chamavam e na hora, tinha certeza que iria me enrolar com as palavras, mas foram poucas perguntas e muitas para quem estavam na primeira fileira. Eu fiquei bem atrás, tímido, no meio dos gigantes.
Após terminar, fui imprimir meu ingresso para a 1ª semifinal, belisquei alguma coisa para somente almoçar depois da coletiva de pré-jogo dos argentinos e croatas. Para minha surpresa, não foi realizada na sala de conferência normal, e sim no Virtual Stadium.
Quando cheguei por lá, tomei foi um susto com centenas de jornalistas. Impressionante a quantidade de cinegrafistas, fotógrafos e repórteres. Primeiro, apareceu o lateral Nicolás Tagliafico. Em seguida, chegou o técnico argentino Lionel Scaloni. Eu apenas observava o furor dos colegas. Eram dezenas e dezenas levantando a mão para fazer perguntas.
Depois, não esperei as entrevistas dos croatas. A fome já batia e precisava correr, porque o ônibus para o treino da Argentina sairia às 16h40. Deu tudo certo. Cheguei ao ônibus nas últimas e consegui ir de boa para a Universidade do Qatar, local onde os “hermanos” realizam todas as atividades aqui em Doha.
E assim como foi na coletiva, o treinamento foi presenciado por centenas de jornalistas. Claro que todas as lentes e atenções estavam voltadas para Messi. O camisa 10 é o maior astro não apenas da Argentina, mas um dos principais da Copa.
- Diário de Bordo – Dia 21 – Cearense no Qatar
- Resolver as deficiências da base ao profissional, ou jogar a responsabilidade para um treinador estrangeiro conquistar o Hexa?
- Herói para satisfazer o ego nas vitórias e vilão para confortar a dor nas derrotas, a Seleção sempre cria personagens na Copa do Mundo
Alguns jornalistas argentinos notaram o nome no meu crachá e concedi entrevista para um deles. Em seguida, mais outros colegas também viram, mas ficamos apenas na conversa. Eu com um portunhol horrível e eles (espero) que entenderam tudo.
Na volta, no ônibus para os jornalistas, reencontro o radialista Seba Roggero, de Córdoba, a quem havia concedido entrevista antes do jogo contra o México. Ele me disse que a matéria teve uma boa repercussão por lá e que o chefe do Museu do Estádio Mário Kempes, pediu meu contato. Eu fiquei realmente muito feliz.
O dia prometia mais. Ao chegar ao Centro de Mídia, o colega Samuel Pinusa, do G1, em Fortaleza, também queria fazer uma matéria comigo sobre o meu nome. Aliás, ficou excelente.
Depois, terminei um material para o blog, em seguida peguei o metrô e fui pro hotel. Dessa vez, cheguei antes de 2h, mas o sono demorou para chegar. Conversei com os familiares e só após às 3h consegui agarrar no sonho. Precisava lembrar que nesta terça-feira tem jogaço.