
No último domingo, em Porto Alegre, o Ceará reclamou bastante da interferência do VAR no empate por 1×1 contra o Internacional, pela 5ª Rodada da Série A do Brasileiro. O time alvinegro teve um pênalti contra marcado e um a favor desmarcado devido ao árbitro de vídeo.
Mas essa ingerência em jogos do Ceará já virou rotina no Brasileirão. Das 5 partidas disputadas pela equipe alvinegra, em 4 o VAR interferiu e até mudou o placar final, seja a favor do Vovô, seja contra. O único duelo, onde a turma da arbitragem não apareceu, foi no empate por 0x0 contra a Chapecoense.
Logo no estreia da competição, o VAR apareceu. Na vitória do Ceará por 3×2 em cima do Grêmio, no Castelão, o árbitro Sávio Pereira, do Distrito Federal, marcou um pênalti inexistente para o time gaúcho. O VAR Rodrigo Pereira, de Santa Catarina, precisou chamar o colega para ele desmarcar a penalidade e ainda mostrar amarelo para o lateral Cortês. Vale lembrar ainda que o gol da vitória alvinegra só foi validado depois de quase 3 minutos, claro, com a ajuda do juiz catarinense.
Na segunda rodada, na Vila Belmiro, o Ceará perdeu por 3×1 para o Santos, mas o gol do Vovô só aconteceu após o árbitro de vídeo, Rodrigo Miranda, do Rio de Janeiro, chamar o juiz gaúcho Jean Pierre para ver o toque de mão claro do atleta do Santos. Com a penalidade confirmada, Vina bateu e naquele momento empatara o duelo por 1×1.
Na quarta rodada, a polêmica foi uma das maiores de todo o Brasileirão. O Ceará perdeu de virada para o Bahia por 2×1, mas o primeiro gol dos baianos só foi possível, depois que o árbitro de vídeo, Wallace Corrêa Maia, do Rio de Janeiro, viu o lateral Gabriel Dias segurar o atleta tricolor dentro da área. Pênalti. Gilberto empatou o duelo.
Na segunda etapa, quando o Bahia já havia virado o placar, nova polêmica. O árbitro carioca, Marcelo de Lima Henrique, marcou pênalti para o Ceará, e não deu vantagem no lance, que acabou sendo gol do lateral Gabriel Dias. Aí, o VAR interferiu novamente. Marcelo foi ao monitor e percebeu que Jorginho havia se jogado. Com isso, anulou o pênalti, voltou o lance e ainda deu cartão amarelo para o atleta alvinegro. A revolta dos jogadores do time cearense foi enorme.
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Pra fechar a série ou melhor, para concluir essas cinco rodadas iniciais, nesse domingo, no Beira Rio, no 1×1, nesse, sim, teve VAR para polemizar até achar ruim. O primeiro gol do Colorado só foi possível, após o VAR avisar ao árbitro que a falta do goleiro Vinícius foi dentro da área e não fora. Com isso, Pênalti. Edenilson bateu e marcou.
Depois, mais interferência. Em jogada de Gabriel Dias para Saulo, a bola tocou no braço de Edenilson. O árbitro baiano Diego Pombo ficou zanzando pelo campo, meio que perdido sem saber o que fazer, até que o 4º árbitro avisou que a bola realmente tocou na mão do volante do Inter. O juizão marcou o pênalti. Porém, o VAR Carlos Eduardo Vargas apareceu e chamou o colega. Diego foi ao monitor e anulou a penalidade.
O curioso é que minutos antes, o Ceará havia feito um gol com o zagueiro Messias, mas o árbitro baiano anulou. No entanto, o VAR, dessa vez, nem apareceu.
A temporada 2021 do Ceará está pesada com o árbitro de vídeo. Na Copa do Nordeste, o Vovô sofreu com o VAR em dois episódios marcantes. Na semifinal contra o Vitória, o lateral Gabriel Dias foi expulso injustamente, após o VAR ter chamado o juiz da partida para mostrar o vermelho ao atleta alvinegro numa jogada involuntária. E na Decisão contra o Bahia, as punições aos 3 jogadores do clube (Jael, Mendoza e Gabriel Dias) tiveram como prova as imagens da câmera do VAR.
O Ceará volta a campo na próxima quinta-feira, pelo Campeonato Brasileiro, diante do Atlético/MG, às 19h, na Arena Castelão. Espera-se que o árbitro de vídeo não interfira, ou se interferir que não seja para prejudicar nem o time cearense, nem a equipe mineira.
📸 Comunicação/CBF