Ainda nem se sabe qual jogo receberá o 1º evento teste com público na Arena Castelão, após o início da pandemia, mas o frenesi dos torcedores cearenses é impressionante. O desejo de voltar a ver o time do coração no Estádio impulsiona os fãs apaixonados, mas também já causa preocupação para dirigentes e aos próprios alvinegros e tricolores.

Serão apenas cerca de 6 mil pessoas, que poderão estar no Castelão. Dessa forma, surge a principal pergunta: quem serão os privilegiados que poderão acompanhar in loco? Vai haver venda de ingresso? Sócio torcedor tem direito? Quais sócios? E o torcedor que não é sócio vai poder ir?

O problema principal começa já a partir do número de sócios de Fortaleza e Ceará. Os tricolores são pouco mais de 13 mil e os alvinegros são quase 15 mil. Claro que muitos não moram nem sequer no Estado, outros preferem não ir, vários não tomaram a vacina entre outros fatores. Mas claramente a capacidade permitida é bem menor do que a oferecida para um público sedento e apaixonado para voltar a ver futebol dentro do Estádio.

Os clubes terão de definir quais serão os critérios adotados. Em Porangabuçu, com o presidente Robinson de Castro, e no Pici, com o presidente Marcelo Paz, ambos deverão programar uma entrevista coletiva para explicar todos os detalhes de como os torcedores de Ceará e Fortaleza vão poder retornar aos jogos no Castelão.

O principal argumento dos dirigentes será o do bom senso (para a escolha do público) e principalmente do respeito ao protocolo de segurança. Nenhum dos mandatários quer saber de fracassar no evento teste e com isso haver desconfiança de que o futebol não pode controlar, nem garantir e muito menos realizar uma partida de futebol com milhares de pessoas presentes no Estádio.

Sobre a partida que deverá ser escolhida. Nada ainda há de concreto. Até porque, no próximo dia 28, o Conselho Técnico do Brasileirão (com os representantes dos 20 clubes) vai se reunir para definir se o público poderá retornar aos Estádios. No último encontro, a decisão foi de não voltar, já que naquele momento, início de setembro, a maioria das autoridades das cidades sedes dos times mantinha a proibição do regresso do torcedor.

Neste momento, apenas Recife (Sport), Salvador (Bahia), São Paulo (Corinthians, Palmeiras, São Paulo), Santos (Santos) e Bragança Paulista (Red Bull) mantém a restrição. É aguardar os próximos capítulos.

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